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Lista de Natal

Olha só:

* Bob Sponja
* Arma de água
* Pista de Carro
* Pistas
* 4 braços (Ben 10)
* Jogo do feijão (???)
* Flamingo (!!!!)
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Corpo de mãe

Dei uma entrevista (morrendo de medo que deturpassem o que falei, admito, mas achei que valia o risco) e saí aqui, ó: http://delas.ig.com.br/comportamento/corpo+de+mae/n1237856096515.html. Ficou muito boa. Daí, sigo o meu caminho habitual com todas as pirações que fazem parte do meu ser.

Primeiro de tudo, o disclaimer: eu não me arrependo em nada de ter meus filhos, e faria tudo novamente. Se rolar um comentário do tipo 'menas-main', falando que aceitar o corpo pós-parto é mãezímetro, vou deletar solenemente.

Existe uma busca, desenfreada muitas vezes, para ser jovem. E o pior: existe uma cobrança para que os outros, e principalmente as mulheres, sejamos jovens. Cremes antirrugas, cremes antiestrias, cremes que desconheço para que servem. Cirurgias, silicone, botox, infinitos tratamentos de pele, tinta para cobrir os fios brancos. Academia, pilates. Sutiã com enchimento, modelador, maquiagem. Chega um ponto tal que simplesmente uma mulher 'natural' não é vista como bela - na verdade, é culpada de não o ser, porque é 'desleixada'.

(Adendo: Já viram este documentário, sobre o corpo das mulheres? http://www.ilcorpodelledonne.net/?page_id=209)

Durante a gravidez, recebemos todo o tipo de conselho a este respeito: comer pouco, engordar pouco, passar todos os milhares de cremes que em tese deveriam servem para algo, não amamentar, não comer isso ou aquilo, dormir assim ou assado. E ainda temos que ouvir 'fulana não passou os cremes como eu recomendei, ficou parecendo um mapa de tanta estria!' ou 'sicrana não se cuidou e engordou, agora tá com uma barriga horrorosa'. Isto é, minhas queridas: vocês tem que estar em 'estado de graça', mas a culpa é toda de vocês se perderem o corpo adolescente!

O que gera uma corrida pós-parto surreal. Muitas, muitas mulheres tiram fotos da barriga com 20 dias, 1 mês para ver como 'voltou' e postar em fóruns. Voltam para academia cedíssimo, ao invés de ficarem com os bebês. Fazem todo o tipo de tratamento estético. Deixam de amamentar achando que isso pode atrapalhar o seu corpo. E as celebridades parecem que só pioram isso, saem em revistas dando entrevista de todos os inúmeros recursos que lançarão para 'voltar à forma'. A própria cinta pós-parto, a escolha da roupa para sair da maternidade. Se você não está mais grávida, não tem desculpa para não estar magra - é uma corrida contra o tempo. Será que não é óbvio, dada a quantidade de malabarismos que se faz, que é inevitável que marcas ficarão para várias mulheres? E que isso não é culpa delas, não é falta de 'cuidado' e que - sim, *nenhuma* está fora da loteria?

Por outro lado, falando em 'estado de graça', que raios é essa romantização da gravidez e maternidade, hein?
Porque né, não basta a gente amar e cuidar daquela bolinha reclamona, a gente tem que adorar tudo o que vem junto no pacote - estria inclusive! Mãe não pode reclamar nunca, porque tudo é lindo, colorido e perfumado. Mãe não pode ter desejos ou vontades. Escuta, não tenho vocação pra santa, não.

Resumo, vão te cobrar que você tenha o corpo lindo. Mas se você não tiver, não tem problema, como mãe você não tem o direito de reclamar ou achar ruim. Então tá tudo certo.
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Dois anos

Faz tempo que não escrevo aqui, hein? Estou em um grande projeto.
Deixa eu tirar umas teias de aranha com um curtinho.



Ter dois anos é condensar toda a fofura do universo e toda a falta de noção do mundo. É não saber as regras do mundo e, sinceramente, não dar a mínima. É confiar na bondade da vida, que seus pais estarão lá para lhe ajudar, que cair sempre vale a pena por um pouco de adrenalina.

Que a vida se faz a qualquer hora.
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Eles crescem.

Se existe uma verdade absoluta e incontestável é: o tempo passa e os filhos crescem. Deixa eu explicar bem direitinho: não, seu filho não vai aprender a andar, falar, fazer faz-de-conta porque você ensinou - ele vai aprender porque ele está pronto. 

Quando estava grávida do primeiro filho, ficava preocupadíssima se conseguiria 'criar' um filho, educar uma criança. Agora, diga bem sério: o que significa 'criar' uma criança? Nos primeiros meses, aquele bichinho de colo toma todo o leite, seu tempo, seu colo, sua rotina. E depois? Depois toma toda a tua atenção. E bem, em que parte mesmo temos que tomar alguma ação ao invés de atender ao que eles pedem?

Chega uma hora que podemos conversar, que conseguimos combinar. Desde que respeitemos as crianças, mostremos nossas opiniões, onde mesmo que a gente 'cria' alguma coisa? 

A nova juventude

Recebi esses dias: qual a cara da nova juventude, de quem nasceu depois dos anos 90? O vídeo abaixo fala da juventude estadunidense,  mas transpor para nossa realidade não é difícil.
(em inglês, legendado)
http://vimeo.com/16641689



Ouvi também esses dias que nós, nascidos até a década de 80, somos 'Imigrantes digitais'. A nova geração são 'Digitais nativos'. Vale a pena a lida.
(Em inglês)
http://www.marcprensky.com/writing/Prensky%20-%20Digital%20Natives,%20Digital%20Immigrants%20-%20Part1.pdf

Assim que me satisfazer de ler sobre isto, comentarei.

Independência financeira

Eu trabalho com muitos garotos. Muitos.
E não trabalho numa empresa que 'paga pouco', é um salário digno. Temos muitos engenheiros também, uma equipe nova (a maioria mais novo que 30).

Uma coisa que pra mim é surreal é a quantidade enorme desses meninos que já é formado, tem carro do ano, sai todo dia para comer no shopping e... mora com os papais. E as frases são assustadoras:

'Ah, não vou sair da casa dos meus pais para morar num lugar menor.'
'Aluguel é muito caro, não tenho como manter uma casa.'

Eu penso com meus botões, gente, como assim? Mamar nos pais forever and ever? Não tenho estômago para isto não. Pago TUDO o que eu puder para meus filhos, o que eu puder de melhor. Pago escola de inglês, judô, faculdade se puder, dou carro se puder. Que meus filhos cresçam, porque não pretendo sustentá-los pro resto da vida.

Tatibitabe 2

Continuando este dicionário:


nana- banana; qualquer fruta.
cóio - colo
coiô - Pocoyo (o desenho)
mimimi - este vídeo

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$%$¨& Fechá poita!

Achei fofo ao extremo

http://www.naosalvo.com.br/vc/abre-a-porta-porra/

Meninos e meninas

Eu já falei mil vezes que acho bobeira essa coisa de 'querer uma menina' ou 'formar casalsinho' ou 'menina é isto', 'menino é aquilo'. Eu acho que a natureza humana é grandiosa demais para ficar com essa diferenciação tão clara. Olhando uma menina ou um menino de idades parecidas eles se misturam sim e são muito parecidos, ou dois meninos podem ser completamente distantes. Eu não acho que o gênero determina a personalidade 'a nível' indivídio.

Porém, tem me surpreendido muito os grupos, as interações de crianças. Num grupo com 4, 5 crianças de mesmo sexo parece que é tudo tremendamente diferente. No último aniversário que fui, as meninas discutiam, conversavam, disputavam, colaboravam, discordavam, concordavam, ajudavam. Faziam as provas direitinho, conforme as 'regras'.

Os meninos? Passaram o tempo todo correndo, gritando, derrubando, fazendo piadas, ogreando. Simplesmente eles não tinham tempo de discutir, estavam muito ocupados se matando.
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Segundo filho

Estava devendo esse post, em resposta à Dani e também por causa de uma grande e proveitosa discussão que tive.

Sou da opinião que filho é igual piscina gelada, não dá pra pensar muito antes de pular não! Se a gente fica pensando no frio da piscina, até o corpo acostumar; depois ter que sair, se secar, tomar banho, o cloro da piscina, o sol, o protetor - a gente não vai. Se pensar muito, a gente não vai *mesmo*, precisa de coragem e pular de uma vez. Depois, é uma delícia.

A gente deveria ter o segundo filho antes do primeiro, porque é infinitamente mais simples: a gente já encaixotou os palpites e palpiteiros, já educou os avós, já temos uma longa confiança em nós mesmos (poxa, o mais velho sobreviveu a nós!), e não tem tempo pra frescuras. Não tem tanta cobrança - aliás, acho que Angelina Jolie pensa o mesmo. Ter o segundo filho deixa toda a relação mais leve, porque simplificamos ainda mais os problemas. A gente desencana de bobagens, desapega, leva menos a sério, menos caraminholas.

Ter dois não é caro em dobro, é um pouco menos: vc vai comprar menos coisa pro enxoval, menos brinquedos, tem desconto em escola. Ter dois filhos não é o dobro de trabalho: o desenho é compartilhado, a comida é a mesma, brincam juntos, se entretem. E sabe, a gente sempre dá conta, dá um jeito.

Existe algumas textos muito interessantes por aí. Este, por exemplo, mostra uma mãe que teve muita dificuldade de aceitar a nova condição. Lembro-me perfeitamente do meu filho mais velho parecer ENORME, muito grande, muito crescido. Felizmente, tive um ótimo parto e não tive tantas dificuldades como a autora.

Existem mil motivos para se desejar mais um filho, sou contra ter o segundo filho *só* para fazer 'companhia' p'ro mais velho. Simplesmente, filho não é para servir de brinquedo dos outros, filho dá trabalho. É necessário estar disposta a tudo novamente, toda a entrega física da gravidez e emocional dos primeiros meses.

É uma experiência que recomendo fortemente; existe a velha piada dos cuidados com os filhos, muito engraçado, e tem um fundo de verdade. Bom, acho que faz parte de ser irmão caçula ter as coisas tudo mais ou menos!

P.S - Por uma coincidência incrível, hoje tem o mesmo tema na mamíferas.
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Tatibitabe

Inspirada no blog da Júlia, vou fazer em dicionário de Leonardês, o ogro de 23 meses.

ûcu - suco; qualquer líquido tomável num copo.
gata! - qualquer animal. Não adianta, nem 'au-au' sai.
cabô ou bô - acabou.
bô - derrubou
mamá - open bar, a mamãe
mamãe
papai
bí poita  - abre a porta
pé, meia
papato - sapato
papá - comida, prato, talher
não
tau - tchau
mai, qué mai - mais, quero mais


Existem mais milhares de sons quase impossíveis de repetir, que às vezes conseguimos identificar. Já ouvi 'cuntadô' (computador), 'sasudi' (saúde), 'gadu' (obrigado), 'naa' (de nada), banho, aua (água), mas ficamos na dúvida e não encontramos muitas repetições rs
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Pulando palpites

Hoje eu tenho técnicas abusadas de fugir de palpite. Coisa que mais me irrita é gente tentando me obrigar a fazer coisas de um determinado jeito, coisa chata. Como se tivéssemos obrigação de fazer como a pessoa quer, como se fosse o pagamento pelo *maravilhoso* palpite daquela criatura que não está nem um pouco afim de ouvir a sua opinião e estudo. 

1) Nunca, jamais, em tempo algum, pergunte pro pediatra sobre sono ou cama compartilhada. Ele não estudou isso na faculdade e achismo por achismo o meu é melhor. Até amamentação/nutrição é arriscadérrimo. 



2) Evite puxar assuntos que você sabe que são dissonantes. Não precisa ficar reclamando pra mãe do se-vira-nenê que vc não dorme, não fique falando que seu bebê mama bastante pro viciado em leite de vaca. 



3) Em caso de xiliques, choros inexplicáveis não olhe para os lados. Nem pense. Aja com consistência, seja P-O-D-E-R-O-S-A, vc sabe o que faz (mesmo se você não tiver a menor idéia rs). Não dê chance para que nem desconfiem de sua instabilidade social do momento. Cara de alface, ATIVAR!



4) Em caso de todas as anteriores falharem, ligue o turbo filtro. 
Mentira, nem sei fazer isso. Mas sempre vale a opção do 'Aham, sei. Noooooossa, vc viu a candidatura do Tiririca, que loucura!'. 


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Informação demais, privacidade de menos.

Eu sou uma menina de grandes planos. Como sempre digo, tenho planos dignos dos meus vinte e poucos anos, planos de uma vida toda.

Mas simplesmente não vejo necessidade de sair anunciando aos 4 ventos meu próximo passo. Não que eu me envergonhe, não que eu seja fechada ou 'independente': eu simplesmente não vejo motivo.

Quando resolvemos sair da casa de minha mãe, precisava ter aviso prévio? Pra que, para deixá-la preocupada de antemão, uma coisa que não estava bem definida ainda? Quando resolvemos ter mais um filho, de que me adiantariam todos os milhares de conselhos contra? Minha mãe não sabe onde é a escola dos meninos, não sabe quando vou no pediatra, não sabe o peso deles, não sabe o calendário de vacinações. Não avisei quando entrei em trabalho de parto, não preciso de mamãe pra ir no ginecologista, no pediatra e nem na hora do sexo. Já cresci, né, gente, não preciso mais de babá. Simplesmente minha família NÃO decide onde morarei, nem o que comerei, nem sobre a minha vida sexual. Seria um absurdo, uma invasão tentarem tomar esta decisão por mim.

Se eu quiser mudar de casa, de escola, de emprego, até de marido (rs), preciso ficar alardeando? É uma coisa tão íntima que não me vejo compartilhando com família e cia, deixando-me a mercê de palpites não solicitados e não bem-vindos.

Eu não sei bem pra onde estou indo. Na verdade, não me importo porque estou  curtindo demais essa minha vida!
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Essa tal cadeirinha

Vi hoje o link na Parto no Brasil

http://g1.globo.com/carros/noticia/2010/09/fiscalizacao-para-uso-de-cadeirinha-em-carros-comeca-nesta-quarta.html

Vale a pena ver o vídeo. Meus comentários anteriores à matéria em questão:

http://mamaecintia.blogspot.com/2010/06/cadeirinhas-e-cadeiroes.html
http://mamaecintia.blogspot.com/2009/12/cadeirinha-no-carro.html


Meu comentário depois de ver a matéria e comentários:
Queridos pais e mães do meu Brasil. Um carro CUSTA caro. O combustível custa caro. Se você tem condições de manter um filho E um carro, tome vergonha nesta cara e compre a cadeirinha. Filho não é descartável, e em tese é a segurança dele que o estado está tentando garantir (porque você não foi capaz de fazer isso sozinho!). Meu filho de CINCO anos tem cadeira desde que temos carro! Se ficou mais caro agora é porque tem um bando de gente enrolada.

Ah, bebê conforto não é prático para levar um bebê sem ninguém mais. MUITO MAIS PRÁTICO é deixar o bebê no banco? Solto no chão?? Aonde a criatura deixaria? O bebê conforto é o acessório que possibilita que uma pessoa leve o bebê sozinha num carro.

Um fato que está mesmo acontecendo (e as pessoas nunca reclamaram porque não usavam cadeirinha antes) é que as cadeiras que temos hoje são tão largas que é impossível colocar 3 no banco traseiro de um carro popular. Isto tem que ser reclamado com as empresas fabricantes.

Outro problema é que as cadeiras não são mais elaboradas para cinto de duas pontas. E os carros antigos não dispõem de nenhum cinto de três pontas no banco traseiro. E aí, além do que 'diz a lei', o que seria mais seguro?

Sempre tem aquela pergunta 'e quem tem mais de 3 filhos?'. Bom, eu não sei se as pessoas se lembram, mas existe uma coisa chamada LOTAÇÃO do carro. Se o carro é para 5 pessoas, o carro é para 5 pessoas - dois adultos e quatro crianças somam SEIS pessoas. Matemática básica, seis é maior que cinco e não deveriam ser transportadas num veículo assim.

Eu vejo as pessoas pouco se importando com a segurança do filho, isto é, o importante é não 'receber multa'. E a segurança do filho que se dane! Affe, tomara que ganhem um monte de multas antes que estas crianças sofram acidentes.
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Ornitorrincos

Estava esses dias contando sobre a maravilha que um ornitorrinco consegue ser, com bico de pato, rabo de castor, pêlos. Ainda por cima, a criatura bota ovo e mama.

Gabriel não se fez de rogado:

'Já sei, mãe! Ele é uma mistura de réptil e mamífero'.

Cara, é. E nem tenho como discordar disso, meu filho.
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Ocitocina paterna

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/788507-estudo-inedito-revela-que-alguns-pais-tambem-produzem-hormonio-ligado-a-maternidade.shtml

Achei digno.
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Ruivices

Pintei meu cabelo com vermelho. Com a base castanho escuro, ficou uns reflexos avermelhados, legal que só.

Chego em casa, meu primogênito abre um sorriso do tamanho do mundo:

'MÃE! Teu cabelo tá vermelho!!!
Eu também quero meu cabelo vermelho!'

Claro, pra quem nunca havia pensado que se pudesse mudar a cor do cabelo, tudo pareceu uma novidade sem tamanho. Já disse que vai querer cabelo cinza, vermelho, verde.... rs
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Doencinhas

Já escrevi sobre isso muito bem aqui:
http://mamaecintia.blogspot.com/2009/12/quem-tem-medo-de-febre.html

Sabe que eu tenho uma sorte absurda de grande com meus filhos. Sob nenhuma hipótese posso dizer que tem algum 'problema de saúde', alguma doença crônica ou relacionado. Quer dizer, eles parecem ótimos pra mim, até mesmo pro pediatra.

Não saberia viver de outro jeito, mas a vida pra mim é simples demais. Eu tenho muito pouco tempo nessa vida para ficar me preocupando com coisa pouca. Não que eu pulo de alegria quando meus filhos adoecem, mas é um fato pra mim tão normal quanto fazer dormir, limpar fralda suja ou lavar a roupa. Tem dias que eles dormem mal, tem dias que estão mal-humorados, tem dias que estão gripados. Uai, vou fazer o que, chorar? Ir no pronto-socorro 'ver o que é'? Como se EU fosse no pronto-socorro a cada gripe, a cada cocô amolecido. Por que o pânico de criança doente??? Acham o que, que vai 'piorar' só porque.. sei lá, a otoridade-o-médico não encostou na criança? Ou acham que médico tem bola de cristal e adivinha o futuro?

Não entendo esse mecanismo. Alguém vai no médico porque está com dor de cabeça naquele dia? Torcicolo? Não, porque sabemos que nosso corpo tem uma capacidade boa de recuperação. E porque não damos a chance para nossos filhos se curarem? É claro que qualquer doença pode piorar, mas... entrar com duzentos remédios contra sintomas não vai impedir nada.

Tenho que a impressão que 95% dos problemas da vida se resolvem magicamente espontaneamente em menos de 3 dias. E infelizmente, médicos não contam com tarot ou runas para decidir porque seu filho chora de madrugada ou espirra. Médicos carecem de sintomas decentes.
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Vou ali buscar o sorvete, cuida deles um pouquinho?

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Aviso às navegantes

O blogguer me avisou que agora tenho um mecanismo de anti-spam. Aliás, acusou corretamente um comentário robô, só o recebi por e-mail.

O grande problema é que NÃO SEI recuperar nada que caia lá por engano.

Se por acaso o seu comentário demorar a aparecer, me avisem (pode ser por outro comentário, eu sempre recebo por e-mail antes). Eu não costumo bloquear comentário nenhum, nem quando é contrário a minha posição, então desconfiem.
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Irmãos e irmãs

Estou envolvida numa linda discussão sobre as delícias e agruras de se ter dois filhos. Um tema que certamente trarei pra cá hora mais ou hora menos.

Mas venho contar um lindo caso que vi no último cinematerna. Foi tão inusitado que me chamou a atenção.
Vi a família entrando no cinema: um adolescente de uns 15, uma menina de uns 12 com um bebê no colo, e uma senhora mais velha - carregando bolsa e carrinho. Todos muito loiros e de olhos claros, muito parecidos entre si.

Eu os acompanhei vagamente com os olhos, e no fim da sessão pude ver os dois adolescentes em questão discutindo quem ia trocar a fralda dessa vez. Ri muito da cena, ela trocou a fralda e a mãe só observando e inspecionando. No fim, o irmãozão ainda fala 'ei, vc trocou a fralda então sou eu que vou carregar no colo!'.

Ri demais da situação. A mãe ainda comentou de minha risada 'essa é a vantagem de ter filho com diferença grande de idade, a gente só precisa delegar'.

Achei bem diferente, mas extremamente caloroso.
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Rapidinhas

Leonardo, 21 meses já reivindica seus direitos a escolher seu vestuário. Não é meio cedo, não?
Passou dois dias sem interesse em mamar, e hoje voltou com o mesmo afinco de antes. Acho que é hora de eu aprender um pouquinho mais sobre o desmame.

Estou cada dia mais preocupada com o fim do ano e consequente mudança de escola. Será que vai dar certo?
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Blog 'frases de crianças'

Achei fofo demais. Recebi pelo twitter

http://frasesdecrianca.blogspot.com/
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'Mamãe, quero ser negro'

Eu vi no não salvo, e ri muito muito.




Prestem atenção em como o pai muda o discurso e deixa o coitado do menino levar toda a culpa rs.
Fiquei feliz com a 'calma' da mãe (mesmo na situação 'OMO'), e a mente aberta dos pais para essa questão.

O mais inacreditável é que algumas pessoas conseguiram ver racismo na mãe ou no pai. Juro, só vi uma criança no faz-de-conta, acho que as pessoas piraram.

O que perguntaram é: e se fosse um negro brincando de ser branco, reagiríamos igual?
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Bule Voador

http://bulevoador.haaan.com/2010/07/20/nao-existe-palmada-bem-dada/

A discussão foi boa. Vale a pena ler todos os comentários.

O último então, é a cereja do bolo.

Quem apanhou quando criança e defende a ‘porrada pedagógica’ sofre de Síndrome de Estocolmo. Síndrome de Estocolmo é o fenômeno psicológico em que reféns de coerção física ou psicológica expressam adulação ou tem sentimentos positivos para com seus algozes, que são irracionais ou arracionais à luz da coerção física ou psicológica que sofreram [1].
Evidência científica de que coerção física ou psicológica, dor ou medo, servem como estresse negativo para o desenvolvimento cognitivo da criança e o aprendizado em geral?
De acordo com o conhecimento extraído da Neurociência atual, níveis altos de hormônios do estresse, particularmente os corticosteroides, expõem circuitos de medo e emoções negativas, que previnem (i) os efeitos de normalização de atividade desses hormônios e (ii) seus efeitos facilitadores em extinguir padrões fixos, mal-adaptatados, de aprendizado. Isso dá enfâse à importância dos hormônios do estresse para manutenção de um sistema de aprendizado e memória eficiente [2].
Altos níveis de cortisol não só são contra-producentes no processo de aprendizado e memorização, mas também estão correlacionados positivamente com baixos níveis de saúde mental, de saúde física e de baixos níveis socioeconômicos. Indivíduos com níveis altos de problemas mentais, físicos e de níveis socioeconômicos menores reportam exposição à níveis maiores de eventos estressantes [3].
[1] ‘Stockholm syndrome’: psychiatric diagnosis or urban myth? Namnyak M, Tufton N, Szekely R, Toal M, Worboys S, Sampson EL.Department of Psychiatry and Behavioural Sciences, Hampstead Campus, Royal Free and University College Medical School, London, UK. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18028254
[2]: Learning under stress: how does it work?
Joëls M, Pu Z, Wiegert O, Oitzl MS, Krugers HJ. SILS-CNS, University of Amsterdam, The Netherlands. http://njc.rockefeller.edu/PDF_BN08/Topic%204JoelsTiCSfinal.pdf
[3]: Can poverty get under your skin? basal cortisol levels and cognitive function in children from low and high socioeconomic status. Lupie SJ, King S, Meaney MJ, McEwen BS. Laboratory of Human Psychoneuroendocrine Research, Douglas Hospital/McGill University, Lasalle, Montréal, Canada. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11523853
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Comprar, comprar, comprar..!

Dani resgatou o tema, no blog dela. Eu já escrevi isso em algum lugar, mas creio que não foi no blog, então retomo o assunto.

Gabrielzinho, como já comentei aqui, fala sempre em 'amanhã' para se referir a qualquer dia no futuro - acho que 'futuro' é abstrato demais ainda pra ele. Quando ele pedia algum item no mercado, eu falava 'hoje não vai dá, filho'; automaticamente ele respondia: 'mas eu só quero AMANHÃ!!! Hoje não.'.

E assim ficou. 'Amanhã vc compra um carrinho XXXX?' 'Quem sabe, filho' (afinal, vai que eu ganhe na megassena rs). Muito comum antes de ir no mercado já deixar pré-acordado o que ele poderá escolher ou não. Tem funcionado muito bem, muito melhor do que já esperei.

Acho que funciona porque é idéia dele, né?
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Ativismo menstrual

Essa reportagem é antiga, mas acho que vale a lida. Pra mim, menstruação tem tudo a ver com gravidez, feminilidade e parto.



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Eu não queria ter um filho e não queria ser mãe

Recebi essa indicação da Julia. Gostei muito desse texto.

http://wantamiracle.blogspot.com/2010/07/eu-nao-queria-ter-um-filho-e-nao-queria.html

E eu sou um milhão de pessoas diferentes*

Para A.

A gente é sempre um pouco diferente em cada grupo.
No trabalho, temos uma postura, uma abertura, um papo diferente. Num grupo de mães e pais, podemos falar de nossos pimpolhos. Com aquela amiga rueira e baladeira, falamos de gatinhos e gatões. Com a tia, falamos da casa e da vida. Com o marido, falamos de outras intimidades.

Não somos 'menas pessoa' porque temos várias facetas - o conjunto delas é a nossa individualidade aplicada a diferentes situações. Nós somos sinceros com qualquer uma dessas pessoas buscando pontos de interesse mútuo, estabelecendo relacionamentos assim.

Na internet não é diferente. Com pessoas diferentes queremos ter papos diferentes, intimidades diferentes, aberturas diferentes. Então, acho digno ter perfis diferentes para coisas distintas, ou ter 'fakes' para afastar pessoas que não sejam do grupo ao qual se busca naquele perfil.

Ter um perfil é como anunciar todas as suas opiniões antes do interlocutor ter a oportunidade de esboçar qualquer reação. É despejar o que pensamos, sem avaliar se o outro compreendeu nosso objetivo, nossa história de vida. Não mostra-se empatia quando se escreve, dá-se uma dose alopática do assunto, num monólogo. Numa conversa, pode-se ir pelas 'beiradas', mostra-se a motivação e os argumentos dependendo da vontade do outro de ouvir.

A pouco tempo atrás, preferi separar meus perfis de internet, classificando-os entre profissionais e pessoais - com nomes diferentes. Não é se esconder. É selecionar quem está preparado para lhe ver daquele jeito, ou mesmo querem. Além de, é claro, de quebra ganho um nome que serei reconhecida em qualquer lugar.

Da mesma forma que não ando nua na rua, omito minhas opiniões para não agredir gratuitamente quem não está afim de lê-las. Este blog é uma exceção. Já tá escrito lá encima que se ofende quem quer, porque não mandei ler rs.


* ♪ Bittersweet Symphony - The Verve

A famosa experiência dos macaquinhos separados da mãe

Hoje eu vejo como uma crueldade sem tamanho, essa experiência.

http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/1627.html


Harry F. Harlow (1905-1981) foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus, e que demonstraram a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento.

As suas experiências laboratoriais consistiram na criação de duas “mães” artificiais (
imitação de uma macacos Rhesus), uma era feita apenas com armação de arame enquanto a outra, era também de armação de arame, porém, forrada com pano felpudo e macio.

Harlow observou que os macacos bebés preferiam claramente as “mães” mais confortáveis. Esta preferência mantinha-se independentemente de qual a mãe que fornecia o alimento. Outras observações mostraram que o que estava em causa não era só a procura de conforto.

O contacto parecia ser essencial ao estabelecimento de uma relação que transmitia segurança. Perante um estímulo gerador de medo, os macaquinhos agarravam-se à “mãe” macia tal como o fariam a uma mãe real. Este comportamento nunca era observado com as “mães” de arame, mesmo em macaquinhos criados só com ela.

Além disso, perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reacções de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objectos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança.

Pelo contrário, na ausência da “mãe” confortável, os macaquinhos ficavam paralisados pelo medo e não exploravam o ambiente. Isto acontecia também na presença da “mãe” de arame, mesmo em macaquinhos criados sempre na sua presença. Ou seja, uma “mãe” desconfortável é incapaz de transmitir segurança.

O resultado desta e de outras experiências, permitiram Harlow concluir que a variável contacto reconfortante suplementava a variável amamentação.

Harlow observou ainda que os macacos Rhesus com mães reais, demonstravam comportamentos social e sexual mais adiantados dos que os criados com mães substitutas de pano, e que estes últimos apresentavam comportamentos sociais e sexuais normais se diariamente tivessem oportunidade de brincar no ambiente estimulador dos outros filhotes. 





http://psicologiabjml.blogspot.com/2010/05/consequencias-das-perturbacoes-nas.html

Harry F. Harlow (1905-1981) foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus, que demonstraram a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento. 

Investigou também os processos de aprendizagem, concluindo que os animais, tal como os seres humanos, aprendem a aplicar estratégias a situações, para resolver problemas. 


Construiu duas mães artificiais, uma de arame, outra de arame revestido com um tecido felpudo. As mães artificiais forneciam alimento às crias através de um biberão posicionado no “peito”. 


Harlow observou que os macacos bebés preferiam claramente as “mães” mais confortáveis, na qual passavam a maior parte do tempo agarrados. 


Tendo os macaquinhos preferência por se alimentarem da mãe de peluche, quando era retirado o biberão desta, e apenas a mãe de arame fornecia alimento, as crias mantinham-se agarradas à mãe de peluche recorrendo à de arame apenas para se alimentarem. 


Face a uma situação de perigo, o macaquinho procurava sempre abrigo junto da mãe de peluche, e, quando esta não estava presente, estando apenas a de arame, o macaquinho não procurava a sua protecção. 
Perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reacções de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objectos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança. 


Harlow procurou avaliar o efeito nas crias criadas sem qualquer contacto. Isolou-as em jaulas sem poderem ver qualquer ser vivo durante períodos que variavam de três meses a um ano. Em períodos mais longos, os animais encostavam-se ao fundo da jaula, balançavam para a frente e para trás, abraçavam-se a si próprios e mordiam-se.
Quando estes eram expostos perante outros macacos criados com as suas mães, estes fugiam de qualquer contacto. Em adultos, o seu comportamento sexual bem como a capacidade para tratar das crias estava fortemente afectado, não manifestavam qualquer interesse ou capacidade para tratar dos filhos, chegando a provocar-lhes maus-tratos.

A experiência levada a cabo por Harlow concluiu que o que liga a cria à mãe está mais relacionado com o contacto corporal que com a alimentação, não só nas crias dos macacos Rhesus mas também nos bebés humanos.

Estes manifestam a necessidade de estar junto da mãe, ou de outro cuidador, em contacto físico.

O psicólogo conclui também que são devastadores os efeitos da ausência da mãe causando perturbações físicas e psicológicas profundas.
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Carta Aberta a José Serra

Já viram a carta aberta que a Parto do Princípio fez? Vale a pena ler e divulgar.

http://guiadobebe.uol.com.br/parto/carta_aberta_a_jose_serra.htm
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Bater em criança é covardia. Não canso de dizer.

O blog referido não é sobre isso, mas foi perfeito.


Vamos ler: "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente". Vou destacar: "dor ou lesão". Quem pode ser contra impedir que se provoque dor ou lesão às crianças?
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A angústia da separação ou crise dos oito meses

Tradução de um trecho do capítulo O Choro e as Separações do livro The Science of Parenting de Margot Sunderland. Esse livro foi premiado em 2007 pela Academia Britânica de Medicina como o melhor livro de medicina popular. Não é um simples livro de conselhos para pais, mas sim um livro que, baseado em mais de 800 experimentos científicos, explica o que a ciência nos diz sobre como os diferentes tipos de criação afetam os nossos filhos.


Quando o bebê chega aos seis ou oito meses de idade, começa a operar a angústia da separação que, geralmente, continua a se manifestar de uma forma ou outra até os cinco anos. Em breve o bebê começa a sentir pânico quando não vê sua mãe. É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. A mãe é o seu mundo, é tudo para o bebê, representa sua segurança.

Um pouco de compreensão

O bebê não está “chatinho” nem “grudento”. O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe e, se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver. O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema e, como adultos, aprendemos a controlá-lo com distrações cognitivas.

Se você não está, como ele sabe que você não foi embora para sempre?

Você não pode explicar que vai voltar logo, porque os centros verbais do seu cérebro ainda não funcionam. Quando ele aprender a engatinhar, deixe-o segui-la por todas as partes. Sim, até ao banheiro.
Livrar-se dele ou deixá-lo no cercadinho não só é muito cruel, também pode produzir efeitos adversos permanentes. Ele pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro.



Isso pode resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso. Pouco a pouco, ele vai sentir-se mais seguro da sua presença na casa, principalmente quando comece a falar.

separação aflige as crianças tanto quanto a dor física

Quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas, tristemente, é isso o que fazem muitos pais. Não conseguem aceitar que a dor emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica que todos deveríamos respeitar.

Às vezes, impulsamos nossos filhos a ser independentes antes do tempo

Nossas decisões como padres podem empurrar nossos filhos a uma separação prematura. Um exemplo seria enviá-los a um internato (1) pequenos demais. As crianças de oito anos ainda podem ser hipersensíveis à angústia da separação e ter muita dificuldade em passar longos períodos de tempo longe dos seus pais. Sua dor emocional deve ser levada a sério. O Sistema GABA do cérebro é sensível âs mais sensíveis mudanças do seu entorno, como a separação de seus pais. Estudos relacionam aseparação a pouca idade com alterações desse sistema anti-ansiedade.

As separações de curto prazo são prejudiciais

Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo HPA do cérebro infantil devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta. É muito vulnerável aos efeitos adversos do estresse prematuro. Os estudos com mamíferos superiores revelam que os bebês separados de suas mães deixam de chorar para entrar num estado depressivo.

Param de brincar com os amigos e ignoram os objetos do quarto. À hora de dormir há mais choro e agitação. Se a separação continuava, o estado de auto-absorção do filho se agravava e lhe conduzia à letargia e a uma depressão mais profunda. 

Pesquisas realizadas nos anos setenta demonstraram que alguns bebês cuidados por pessoas desconhecidas durante vários dias entravam em um estado de luto sofriam de um trauma que continuava a afligir-lhes anos depois. Os bebês estudados estavam sob os cuidados de adultos bem intencionados ou em creches residenciais durante alguns dias. Seus pais iam visitá-los, mas basicamente, estavam em mãos de adultos que eles não conheciam.
Um menino que se viu separado de sua mãe durante onze dias deixou de comer, chorava sem parar e se jogava ao chão desesperado. Passados seis anos, ele ainda estava ressentido com sua mãe. Os pesquisadores observaram a inúmeras crianças que haviam sido separadas de seus pais durante vários dias e se encontravam em estado de ansiedade permanente. Muitos passavam horas imóveis, olhando a porta pela qual havia saído sua mãe. Aquele estudo, em grande parte gravado em filme, mudou no mundo inteiro a atitude em relação às crianças que visitam suas mães no hospital.

Mas, não é bom o estresse?

Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”. O que significa apresentar ao bebê situações moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos.

(1) Nota da tradutora: a autora é inglesa e o sistema de internato é muito comum no Reino Unido.


Originalmente postado na PR
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Mesaniversário do blog?

Sou a mais esquecida, né. Vocês repararam que faz 1 ANO E 1 MÊS que já mantenho esse blog?

Vão lá, desde o começinho, leiam tuuuudo e façam sugestões de novos posts!
http://mamaecintia.blogspot.com/2009/06/quem-sou.html

Já me perguntaram se sou eu mesma que escrevo e comento. Sou sim, tá. Uma pessoinha só, linda leve e solta nesse mundão da Deusa. Escrevo quando acho assunto, acho paciência - porque essa desculpa de 'não ter tempo' não cola. Respondo os comentários que me fazem perguntas diretamente ou quando falam sobre o que discordo: esta é a MINHA casa. E, uffa, o blog é pequeno o suficiente para não ter trolls.

E como eu tenho, tipo assim, fogo no rabo, cansei do layout antigo. Óbvio que não tenho capacidade design decente pra fazer um template (com figuras) bonito desses, eu só usei o google e uma boa alma o forneceu. Ainda falta mudar o cabeçalho (que vai ser a Pièce de résistance, seja lá o que eu queira dizer com isso). 
Vai ficar assim até eu cansar de tantas cores, frescurites e impossibilidade de mexer e deixar a largura da caixa de texto mais gordinha.
Cintiazinha amore da minha vida, eu esqueço de ver teu blog, quando vc atualiza???
Ih, gente, já tentei tudo quanto é rotina, ainda não sei. Escrevo bastante. Quer saber, me sigam que é mais fácil! Vai rolando a barrinha, vai rolando... do lado direito, tem uma caixinha escrito 'seguidores'. Se você tem conta no google/orkut/gmail/blogger, se loga e vê. Aliás, faça isso com todos os blogs que você segue. Para ler toooooodas as atualizações de todos os blogs, veja o google reader.

Enfim, obrigada a vocês, minhas leitoras (e eventuais leitores) que me lêem, que comentam, que palpitam, que gostam e não gostam.
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A dentista que desafia o autismo

Achei muito bonito.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153883-15257,00-A+DENTISTA+QUE+DESAFIA+O+AUTISMO.html
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Bater em criança é covardia.

Qualquer leitora assídua ou que caiu de para-quedas no meu blog SABE que eu sou contra palmadas em crianças. Palmadinha, palmadão, beliscão, tudo. Não sou anarquista nem hippie, sou simplesmente sensata e acredito que as palmadas DESEDUCAM e são um retrocesso na educação infantil. Clique aí na tag 'bater em criança é covardia' que já expliquei bem.

Aí me chega isso.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1024562&tit=Governo-quer-proibir-pais-de-dar-palmada-em-criancas#comentarios

Simplesmente, vai ser mais uma lei pra bonito nessa terra. Porque o que precisa é CONSCIENTIZAR, simplesmente os pais não sabem lidar com crianças a não ser com violência. Uma pena.


Update: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/governo-envia-ao-congresso-nesta-quarta-proposta-para-punir-palmadas.html

(...)o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará simbolicamente a proposta. O projeto deve passar pelos trâmites comuns na Câmara e no Senado, ou seja, deve ser analisado por comissões e pelo plenário de cada Casa. Depois, precisa ser sancionado pelo presidente.(...)


É claro que não será aprovada.
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Já falei que amo minha vida?

Hoje, eu tô num ponto que eu digo assim: cara, eu AMO a minha vida. É simplesmente uma vida maravilhosa, espetacular. Não é que ela não 'possa melhorar', ela VAI melhorar na medida que eu precisar, sabe?

Tenho dois meninos lindos, inteligentes e saudáveis. Dão um trabalho inacreditável, não param um minutinho, transformam tudo numa loucura, mas não troco aqueles sorrisinhos por nada. É, de vez em quando a gente briga, a gente se esquenta, a gente quer silêncio, a gente precisa dormir, a gente precisa comer - mas tudo vale a pena até o fim dos tempos.

Tenho um casamento legal e saudável. Uma meia dúzia de amigos virtuais, uns outros reais, que me encontro eventualmente. Tenho um trabalho massa. Cansa, às vezes se estressa com cliente, tem que acordar cedo, mas... eu tô nele porque quero. Se eu odiasse tanto, trocava. É legal resolver problemas, ser útil, ser reconhecida, ajudar.

Moro num lugar bacana. Não é grande, mas eu também não tenho muitos móveis. Tudo na minha casa é tremendamente simples e 'clean', comporta muito bem uma família de 4 pessoas. Minha casa está invariavelmente uma zona, mas quer saber? Tá tudo ótimo. Arrumar a casa não está mais alta na minha prioridade que me divertir.

Tenho os bens que preciso. Hoje, posso me dar ao luxo de me planejar para comprar o que precisamos e até o que desejamos. Posso ir numa livraria, almoçar no shopping e não me sinto culpada. Tenho uma vida financeira confortável para meu padrão de vida.

Não tenho diarista, carro é antigo, ainda não tenho casa própria, tô sem câmera fotográfica, sem notebook. Mas... e daí? Isso não determina nem de longe a minha felicidade. Minha vida é, ainda sim, maravilhosa. E essas coisas eu logo logo consigo.
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Enquete para parideiras!

Teve filho por parto normal?

Vota aqui perfavore?

http://www.enquetes.com.br/popenquete.asp?id=920608
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Uma mentirinha 'boba'

Não sou do tipo que gosta de remédio, mas hoje decidi que a infecção urinária merecia um antibiótico. A gente vai se acostumando com o nosso corpo, sabe das particularidades, e não ignora sintomas. 

(Lembram que meu caçula tem 20 e amamenta, né?)

Não seria possível marcar com GO com tanta urgência, na verdade prefiro ir a um pronto-atendimento e não atrapalhar a agenda. 
E aí? Doente, encarar médico que não sabe bulhufas de amamentação? Levar discursinho de OMS, 2 anos de amamentação e de brinde ouvir pérolas que tem que desmamar? Não, sorry, não é dia de discutir. 

Na hora do exame, falei bem claro: eu amamento. Assim, sem dúvidas, reticências ou poréns, eu amamento e aceite. Ele precisaria saber se eram muitas mamadas ou poucas, o dia todo ou algumas horas, bem a pergunta seguinte 'que idade ele tem?'. 'É pequeno'. 'Meses?' 'Meses' (são 20, uai, vai discutir?). 'Amamentação exclusiva?' 'Não, poucas mamadas por dia, umas 3 ou 4'. 

Bom, ele ia dizer o que? Sugerir desmamar um bebê de 'meses'? Pensou, pensou e falou X. Pra mim tá bom, para você não? 

Recomendo. Gasto meu latim com quem tem chance de melhorar. 
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Texto 'I won’t ask you why you didn’t breastfeed'

Em inglês. 
http://networkedblogs.com/5o2je
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Grupo Cria

Vocês já viram que delícia essa iniciativa?

http://www.grupocria.com.br/

http://www.grupocria.com.br/index.php/ajude-a-divulgar/imagens/




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Consumo Leite de Vaca - Entrevista

Esse texto foi elaborado pela Vanessa Rosa, no orkut. 

Recebi este vídeo sobre o consumo do leite de vaca por e-mail e achei muito interessante. É uma entrevista da nutricionista Denise Carreiro. Vale a pena dedicar uns minutinhos para assistir:

http://www.youtube.com/watch?v=J4TVq4RyFMI&feature=player_embedded

Depois encontrei o site dela e tbm tem um artigo sobre o mesmo assunto. Segue o link:
http://www.denisecarreiro.com.br/artigos_artigoleite.html

Espero que gostem.
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Naoli novamente em Curitiba

http://partonobrasil.blogspot.com/2010/04/naoli-vinaver-em-curitibapr.html
http://www.anaueteino.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=64&Itemid=87

Para quem perdeu da última vez, faça um esforço e vá desta vez.
A mulher é poderosa, linda, maravilhosa, magnânima e necessária!

Vale muito a pena, só os relatos dos partos, os vídeos, as histórias...
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O que fazer quando mulher grávida se assusta?

Zilhões de pessoas digitam isso no google.

O que fazer quando mulher grávida se assusta?
O que fazer quando gestante se assusta?
Resposta:

1) Se enforque num pé de couve.
2) Compra uma caixa de bombom pra ela (se ela puder comer).
3) Dá um pacote de fraldas.
4) Tenha um xilique.
5) Dê qualquer palpite idiota.

Gestante pode se assustar?


Resposta:
1) Sim. Principalmente se você não pentear seu cabelo antes de falar com ela.
2) Ao que parece, gestantes continuam humanas. Logo, é possível que se assustem.
3) Não. A lei estadual 12313/2010 impede que gestantes se assustem

Na verdade, estou com um projeto de lei para proibir que histórias de terror sobre gravidez e parto sejam contadas às gestantes. Apavorar a gestante é uma #putafaltadesacanagem.

Gente. Se susto induzisse trabalho de parto, eu teria ido no TREM FANTASMA ao invés de cogitar uma indução. Susto para soluço, no máximo.
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A inebriente maternagem

Dica também da parto no brasil, na veja saiu Meu bebê é um vício, um texto delicioso de ler (pra vcs verem que de vez em quando até a veja acerta).

Um espetáculo a parte.

As pessoas costumam comparar o fato de ter um bebê aos primeiros dias de um namoro, o que faz sentido até certo ponto. Mas a fixação física e o anseio pelo bebê são muito mais intensos. Com que frequência num namoro você se vê literalmente às lágrimas porque ficou longe de um homem durante três horas? Imagino que uma metáfora melhor seria a dependência química.

A carnificina das maternidades brasileiras - Simone G. Diniz

Algumas pessoas não imaginam a violência sexual pela qual muitas mulheres passam numa maternidade. Acho que o artigo a seguir (indicado pela parto no brasil) dá uma clara noção.

http://www.mulheres.org.br/rhm1/revista1/80-91.pdf
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Ah, as menas!

A gente vive esbarrando com elas. Numa discussão sobre a supremacia do leite humano para filhotes humanos, na valorização do parto ativo e natural como resgate da segurança/plenitude da mulher e bebê, sempre vem a pérola:

'Ah, mas ninguém é menos mãe por ter feito cesárea blablabla, porque eu precisei, prq minha filha tava com 200Kgs intra-utero, trezentas voltas de cordão, blablabla'
'Vocês acham que são mais mãe só porque amamentam a criança com 12 anos e arriscam a vida em parto natural'

E quem foi a criatura DESMIOLADA que falou uma sandice dessas? Tá, tá bom, quem é que insinuou uma besteira dessas? Arriscar a vida, pedro bó, oi???? 

Simplesmente, ficar nessa de que 'menas main' é furada, via de nascimento NÃO é mãezímetro - vai dizer o que, que mãe adotiva é uma mãe péssima??? Só que os filhos merecem no mínimo nosso melhor - no mínimo. Aprendemos a colocar algumas coisas na balança, postergar planos, modificar outros. E por isso, existem algumas 'desculpas' que não entendo: lista prática de motivo-pra-cesárea -> o que falar para seu filho quando ele tiver 15 anos. 

1) cesárea-com-manicure-pra-ficar-bonita-na-foto? Pro vovô assistir?  'ai, filho, mamãe não quis esperar o parto normal que seria melhor para você porque queria ficar bonita na foto da maternidade'. 
2) cesárea para não ter estria?  'filhinho, mamãe sabia que era melhor para vc nascer de parto normal, mas a barriga da mamãe lisinha era mais importante que o eventual risco de vc ficar na UTI uns diazinhos'. 
3) Não quis amamentar pro peito não 'cair'? 'Filho, meus peitos eram muito mais importantes para mim do que a eventual melhora na sua saúde'. 
4) Ficou com medo da periquita? Medo do parto, da dor? 'Filho, mamãe teve você de cesárea porque não achei que valia a pena tentar encarar meus medos profundos.'


Sim, existem uma grande quantidade de cesáreas/desmames por idolatria aos médicos, por pressão da família/amigos, por falta de apoio. Porém, essas mães não terão dificuldade nenhuma de explicar isso para seus filhos. 

Façam isso. Qualquer decisão, pensem em como explicar isso para seu filho. É interessante ver o resultado. 

Como agir com birras no supermercado?



Se vocês fizerem, me contem se deu resultado!!! rs
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Cadeirinhas e cadeirões

05/06/08 - Lei torna obrigatório o uso de cadeirinhas para crianças nos carros

Há praticamente dois anos, foi criada a lei; esses dias começou a fiscalização.
É claaaaaaro que milhares de pais só resolveram comprar AGORA, e ainda reclamam do preço. 

1) Ter filho dá gasto mesmo. Agora, kit de higiene, cortina, jogo de quarto, adesivo de parede, lata de NAN, isso não é caro, né. 
2) As lojas parcelam no cartão em até 3x. 
3) Carro dá gasto mesmo. É o preço do conforto. 
4) Se você tivesse comprado há dois anos atrás, estaria mais barato
5) É possível passar a cadeirinha para outra criança, desde que não tenha sofrido nenhum acidente. 

Não entendo para que tanta reclamação e procrastinação. 


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Homens, carros e mulheres

(Estive sumida, eu sei. ;)  )

**Este é um post ácido e chulo. Tirem as crianças, cardíacos e ofendidos da frente do monitor. Sabe como é, evito TPM mantendo-me sempre irritada. **

Coisa que me irrita nessa vida é um machismo disfarçado de piada. Sei que isso não parece ter a ver com a maternidade, mas tem tudo a ver com a criação de nossos meninos e meninas.

Pérolas: 'vou comprar carro para arranjar mulher'. Dileto palhaço (como diz um blog conhecido), tu é burro pra caralho. Que espécie de 'mulher' tu espera arranjar por conta de um automóvel tosco? Que espécie de consideração ou companheirismo quer? Depois, é traído por qualquer outro playboy com o carro do ano e diz que ELA é vagabunda - que espécie mesmo de relacionamento você espera baseado em um CARRO?

Então vamos colocar os termos em dinheiros. Você quer SEXO, ok? Com o dinheiro do carro, manutenção, gasolina você contrata profissionais do sexo - a sua escolha! Comprar um carro para conseguir sexo é uma falácia, por sinal uma idiotice sem tamanho. Fora que, com as mulheres 'convencionais' vc terá que pagar o cinema, a balada, o boteca, o jantar, fingir de romântico... - espera o que, que a mulher que se pegou o carro (bem material) vai ficar satisfeita de apenas andar nesse troço?
Afinal, cada um busca o que quiser num relacionamento. Se você escolhe ser o paga-lanche da menina, quem sou eu para me ofender por seus gastos?

'Mulher só sabe gastar', 'mulher compra só futilidade'. Quer saber, metade da população do mundo NÃO É MULHER. Não gosta de mulher, vai casar com uma A TROCO DE QUE, ô fofolete? Pra ter sexo, não precisa casar faz algumas décadas, sabia?

[Aliás, tem um blog amável chamado Eu dou para Idiotas, e Patypharia descreveu com precisão a doença masculina 'SPP' - a síndrome do Pinto Pequeno (Parte 1 e Parte 2). Tenho certeza que uma boa porção da necessidade dos homens por 'carro grande', 'TV grande' é completamente descrita por essa recém-relatada síndrome psicológica. ]

Alienação por não ter TV?

Uma coisa que não entendo é a mania das pessoas de acharem que as boas informações estão na TV. Ou que não assistir TV é alienação. Em bom francês, bull shit.
Não existe nenhuma tarefa que uma TV faça melhor que um computador. Simplesmente, notícias tenho N sites, com possibilidade de comentar, enviar, refutar, discutir. Tenho blogs de opiniões, de notícias, de tecnologia, de ajuda, de estudo. Posso ver trechos de programas no youtube. Posso jogar, receber piadas e videos, participar de virais, rir, aprender. Posso ler sobre medicina, parto, ou qualquer outro assunto de meu interesse. Meus contatos no twitter, orkut, Google Reader e listas de discussão simplesmente me repassam mais informações relevantes do que em qualquer outra época da minha vida já recebi. E na mais diferentes abordagens.

Eu não vou até a informação. A informação vem até mim. Eu nunca tive acesso a tantas notícias e nuances.



Agora... e uma criança de 5 anos? Estaria ela preparada para assistir notícias detalhadas sobre a morte da menina Isabela? Estaria ele preparado para ser crítico com os arquétipos femininos falidos da novela? Estaria ele pronto para QUALQUER senso crítico com a exposição à tantas propagandas anexadas a seu desenho? O que qualquer uma dessas coisas acrescentará a vida dele a essa altura?

Seria mais ou menos assim: como meu filho vai ter que trabalhar a vida toda, com 5 anos eu já vou colocá-lo para carpinar o dia todo, para aprender o valor do dinheiro. Certo? Não, errado. Não podemos forçar um aprendizado para o qual a criança não tem maturidade para compreender. E se perguntam 'onde as crianças vêem tanta violência, deve ser colegas de escola, filhos de drogados'. E deixa lá, a TV ligada nas 'notícias', na novela clichê com seu mito romântico, com suas violências descaradas. E ofertamos isso a pequenas crianças como se elas conseguissem já diferenciar os valores e não simplesmente assimilar.

Em poucos anos, é líquido e claro que meu filho quererá ingressar em alguma rede social - e terei que pensar nas regras de segurança. Mas não tenho a menor expectativa que jornais massificados para toda uma população de hoje ajudariam o desenvolvimento do senso crítico dele. Com a alfabetização e internetização, meu filho assidualmente receberá as notícias das tragédias das fontes na web. E também aprenderá a ver que uma notícia tem vários lados.

Ver desenhos, animações, joguinhos, tudo isso meu filho tem. E mais: ele decide o que quer e quando quer. Gabriel já é exposto à propagandas de todos os lados, a tv só pioraria.

O que não assistir o jornal nacional ou o vale a pena ver de novo tem a ver com alienação? Por que precocemente infiltrar informações que a criança ainda não consegue assimilar numa infância tão precoce? Pra mim, TV que é alienante.

O amor ao leite de vaca

Tem muita gente que não consegue conceber que exista uma dieta saudável sem leite de vaca. Acho interessante essa 'cultura do leite', onde a sacralidade do leite é quase mística - será que na Índia o leite é assim também? Bebês mamíferos necessitam de leite de sua mãe. Óbvio, não? E daonde surgiu a idéia de que o leite de vaca é primordial para humanos?

Não que eu ache que o leite deve ser banido. Eu gosto de leite, mas sei que aumenta bastante o muco - logo, evitar tomar quando se está resfriado é uma idéia boa. Várias pessoas devem ter alergia por aí (rinites, sinusites, constipação tem melhorado em várias pessoas que se abstiveram de leite). Muitos povos viveram muito tempo sem leite de outra espécie.

Abram suas mentes. Nada de chiliques porque a criança não quis tomar leite.
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Colunistas do Guia do Bebê

Agora o guia do bebê conta com duas colunistas MARAVILHOSAS! Acompanhem:
Por  Melânia Amorim , temos já Parto na água e Parto em casa.

Por Andréia Mortensen, temos A natureza do sono do bebê. Não percam essas duas de vista, vale a leitura completa.

Alergia à proteína do leite de vaca

Quando lidamos com muitas lactantes, acabamos nos habituando a ver os pequenos (e grandes) problemas que se encontram no caminho da amamentação. A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma.
http://maenatural.blogspot.com/2010/05/hoje-e-o-dia-da-prevencao-alergia.html
http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/

Existe muita confusão da APLV com intolerância à lactose. A real intolerância à lactose é raríssimo em bebês (pense, mamíferos intolerantes não sobreviveram muito bem). Porém, muito diferente é a questão da alimentação com leite de vaca: essa coisa de 'tomar leite' de outro bicho vida afora é super recente em nossa história. Não me admira que uma boa quantidade dos bebês (uns 5%) apresentem alergia em algum grau.

O mais intrigante dessa história é que as proteínas do leite de vaca consumido pela mãe 'passam' de algum modo para o leite humano. O 'tratamento' se resume a excluir da dieta do bebê (e da mãe) todos os alimentos com leite e derivados (inclusive os com 'traços' de leite). É um trabalho interessante, e peculiar é perceber que praticamente todos os industrializados possuem alguma quantidade de leite.

Existem vários relatos maravilhosos de mamíferas que amamentaram seus bebês/toddlers alérgicos até o desmame natural, sem nenhum tipo de outro leite:
GVA
Meu filho é alérgico a leite

O que acontece de fato que é (infelizmente), muito antes do diagnóstico ser elaborado, o bebê já não mama no peito a algum tempo - e, é claro, introduzir leite artificial baseado em leite de vaca não exatamente ajudou. Repetindo: tirar o bebê do aleitamento materno por que ele tem alergia à vacas é bizarro - a não ser que ele fosse um bezerro.

Os leites artificiais para alérgicos mais conhecidos são 'pregomin' e 'neocate'. São latas bastante caras (joga no google que vocês já percebem). Bebês que tenham esse tipo de problema de saúde e cujas famílias não puderem prover seu custeio podem pedir ajuda do governo. Segundo Ana Flavia Lacchia (obrigada pela pauta, viu rs), a ONG Sempre Vita pode ajudar nas informações desses procedimentos e legislação.
http://www.gruposemprevita.org.br/legislacao.html
Porém, os casos que tenho acompanhado levam perto de um mês para ser finalizado. Há também vários relatos de 'atrasos', o que é claro pode ser complicado para bebês muito novos (que de fato precisam de leite todos os dias, e várias vezes). Por sinal, dê uma olhada aqui nesta campanha para ajudar este bebezinho.

O melhor leite para bebês humanos é o leite humano - inclusive para humaninhos com APLV. Aliás, a mãe deveria no mínimo ter o direito de receber o dinheiro que não gastou em latas de leite e aplicar em benefício próprio! Já pensou quanto isso rende?



PS - No site da ONG, podemos encontrar várias informações. Repasso esse protocolo, do estado de São Paulo.
http://www.saude.sp.gov.br/resources/geral/acoes_da_sessp/assistencia_farmaceutica/protocolo_leites.pdf
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Filho dá trabalho - ou o que não te contaram antes

J., obrigada pelo tema ;)

- Esqueça esse troço de dormir horas e horas no domingo. Seu toddler eventualmente poderá dormir a noite toda (i.e., umas 8 horas seguidas), mas pode ser que ainda acorde de noite. Mesmo depois disso, às 6 da manhã devem estar de pé, independente da hora que acordam.

- Crianças tem necessidades. Não conseguem ficar numa cadeira por mais que minutos, não comem novidades, tem sono e precisam ser acalmadas. Seria ridículo querer que seu filho durma cedo no dia que você quer namorar e durma tarde no dia que há um casamento.

- Esqueça sair sem hora para voltar sem culpas. Você tem alguém que precisa de você, com o qual vc se preocupa. Mãe perde o direito de ficar doente, de morrer e de ficar incomunicável. Esqueça 2ª, 3ª ou 4ª lua-de-mel em Paris pelos próximos ANOS. Vai deixar seu filho aos cuidados de terceiros para passear por vários dias, longe de você?

- Esqueça ter uma refeição no restaurante de sua escolha sem pressa. Acho que até já esqueci como é esse lance de comer sem pressa de acabar. Sim, seu toddler provavelmente vai precisar comer sozinho, independente de sua boa coordenação para não sujar o chão na descoberta.

- É, vão CHOVER palpites idiotas. Aliás, grávida e mãe fresca é para-raio de palpite. 

- Mães de bebês: esqueçam essa coisa de 'rotina' ou 'casa arrumada'. Seu bebê é simplesmente mais importante que louça. Esqueça trabalho, estudo, seu filho irá necessitar de full time de sua atenção. É o mínimo que ele precisa. Arrume um sling e seja feliz. 

- Mães de toddlers: esqueçam essa coisa de 'limites' ou 'controle'. Sim, seu filho é humano e tem vontade própria. Quer criar um adulto inovador e questionar ou um banana?

- Filho é muito muito mais importante que a carreira. Se seu filho ficar doente, você faltará ao trabalho, e não interessa muito o que seu chefe acha ou deixa de achar. Muitas mães vão optar acertadamente em ficar em casa até seu toddler ter amadurecido um tanto mais, e já estar mais comunicativo. Seu filho se tornará a coisa mais importante do mundo, e sem muito esforço. 

Filho é a melhor coisa do mundo. Tira vários egoísmos, simplifica os problemas (você não tem tempo para eles), separa só o que importante e bom. Nunca mais briguei com amigos, ou me envolvi em grupos esquisitos, ou gastei meu tempo saindo só para fazer social. Aprendi a felicidade de todo dia ter algo novo e diferente para notar, nunca há tédio ou monotonia. Nos faz pensar no poder da vida, da morte, e todas as pequenas descobertas e felicidades da vida. Fale a pena em todas as instâncias.

Mas, se você não está disposta a jogar fora sua vida anterior, sua rotina anterior, compra uma samambaia. Filho requer uma disponibilidade total. Claro que haverá alguma individualidade, mas só sua essência será mantida.

Mais alguma? ;)
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Limites? Só em cálculo.

Uma frase que me dá troço é 'tem que dar limites para as crianças'.
Acho tosco e simplista. Não acho que crianças precisem de maiores 'limites' que os adultos ao redor.
A expressão certa é 'regras de convivência'.

Maria Rafart, que é psicologa, sempre fala da 'teorias dos conjuntos' dos relacionamentos: temos cada um o seu 'conjunto' de individualidades. Conforme a relação com o par se firma, cada vez mais a intersecção (conjugalidade) cresce. Essa intersecção tem que ser dimensionada numa precisão cirúrgica: não pode englobar mais de um lado do que de outro, tem que ser confortável para ambos, e não pode ser TOTAL. Isto é, os dois lados manterão um tanto de sua individualidade e terão também pontos para 'ceder'.

Com filho, a relação é a mesma coisa. Conforme o filho vai se desenvolvendo, as regras podem ser mudadas e adaptadas conforme o nível de maturidade (de ambos). Algumas coisas tornam-se intoleráveis com o passar dos anos, e os acordos podem ser retificados.

Adultos não estão ali para moldar a personalidade da criança, nem para lhe quebrar o espírito. Convidamos uma nova pessoa para morar conosco, é fato que ela tem direitos tais como você - ela é sua convidada especial, e não uma inconveniência a despachar ou destruir. Explicamos passo-a-passo as regras sociais, numa repetição meio torta.

Todos aqui em casa temos 'limites' bem claros de convivência: ninguém pode se machucar, machucar os outros ou quebrar objetos alheios. Só se pode gritar no próprio quarto, e ninguém deve gritar com os outros.
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Fugi!

Faz tempo que não apareço por aqui, né?

Poderia alegar falta de tempo; é mentira, era falta de assunto e de paciência. Perdoam? ;)

Você se preocupa demais?

Eu não tenho tempo para me preocupar demais. Dois filhos, marido, casa, lazer já ocupa 110% do meu tempo.
Tenho alguns princípios/mantras: meus filhos não são burros, meus filhos seguem a lei do menor esforço, são saudáveis e se desenvolverão bem desde que eu não atrapalhe (muito).

Não me preocupo muito se dou muito ou pouco colo, se fala cedo, aprende a ler, gosta de dormir, não quer acordar cedo, não gosta de tomate, não quis almoçar, quer dormir na minha cama, mama com 2 anos, se acorda 15 vezes a noite, se quer escolher suas roupas. Nariz escorrendo e tosse não é doença. Bebês caem. Crianças sabem o quanto precisam comer. Se você der espaço, seu filho quererá cada vez mais aprender coisas novas. Carinho e colo não estragam ninguém - nem adultos. Ignorar alguém não melhora auto-estima de ninguém - nem adultos. Seu filho é humano, e tem sentimentos como os seus - não faça com seu filho o que você não quer que faça com você. 

Palpites para criação de filhos: tente não atrapalhar. Aceite as limitações temporárias, mas incentive-o a crescer. Respeite seus desejos e emoções. Tenha poucas regras, simples e com propósito. Seu filho fará o que ele precisa fazer, e não o que você deseja que ele faça. Simplesmente, com respeito e tempo, eles aprenderão e crescerão, não carece que os jogue de seus berços.

Esteja sempre aberta a rever as regras. Não, seu filho não irá se encaixar na sua vida, sua vida irá se encaixar para receber a dádiva do filho. Não inverta as prioridades, não acredite que tudo é para sempre. Sim, seu filho irá crescer, e você não pode impedir.
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