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Vacinas

Falemos sobre vacinas; estou ensaiando esse post aqui porque sei que o assunto é polêmico, mas acho que é uma boa hora. Os grupos 'anti-vacinas' são muito mal vistos, e queria explicar a visão de dentro para fora. Antes de pensar se você deve decidir isso, leia meu texto sobre responsabilidade de nossas decisões.

Eu sou uma eterna otimista. Algumas pessoas acreditam que o governo fornece as vacinas porque é bonzinho, outras que o objetivo é mais sádico. Eu vejo as coisas de um viés mais matemático: o governo dá vacinas para as doenças que matam muito ou em que é mais barato aplicar vacinas do que tratar. Veja, se eu pago A por ano tratando doença X, e gastaria B (onde B < A) aplicando vacinas a todos, prefiro aplicar vacinas. Duh.

Entendo também que o calendário é feito de acordo com o que seria melhor a nível país, grupo completo - é sempre preferível salvar 19 e perder 1 do que o contrário. No caso de todo um país, as reações que uma vacina trás são ínfimas perto do benefício.

Opa, reações? Como bem já diz o ditado, não há almoço grátis nessa vida. Maioria das pessoas nessa vida desconhece completamente que vacinas são mecanismos que podem sim trazer reações - elas vem inclusive com bula. Algumas reações conhecidas óbvias variam de inchaço no local, febre, dor para outras mais raras e específicas - algumas inclusive podem 'causar' a doença a qual estão tentando imunizar.

Mas é incoerente acreditar que se é melhor para o grupo como um todo é o melhor para mim, um caso particular. Exemplificando, peguemos a hepatite B: ela é transmitida das mesmas maneiras que a AIDS (contato sexual, de mãe para filho, transmissão de sangue). Eu tenho certeza ABSOLUTA que nunca tive hepatite B (certeza essa o que não se pode ter de uma boa porcentagem da população). Meu filho não fará sexo pelos próximos anos e, mesmo que precise de transfusão de sangue, este já foi testado.

Ok, a pergunta é: e porque não dar a vacina com horas de nascido já 'para prevenir'? Respondo com outra pergunta: você acredita que inserir vírus e bacterias, 'hiperativisar' o sistema imunológico cru do bebê é inócuo? Acho um pouco fora do que o nosso corpo evolutivamente se desenvolveu. Posso dizer que rinites, bronquites e outras 'ites são uma reação alérgica exagerada - pode ser comida, pode ser poluição, claro que pode. Mas ainda não acredito que inserir indiscrimadamente qualquer vacina em tão tenra idade não tenha nenhum efeito além dos sintomas 'visíveis'.

Ah, então não se deve dar vacinas? Não, absolutamente não acredito nisso, aliás, pouquíssimas pessoas chegam nesse extremo. A maioria prefere fazer um calendário alternativo, atrasando algumas vacinas para mais tarde, separando algumas vacinas de outras, incluindo alguma do calendário particular, e algumas não ofertando. Não é uma decisão trivial, requer estudo da doença, incidência na região onde se mora, forma de contágio, forma de prevenção, tratamentos, se vai a berçário, se tem contato com outras crianças. Não é rápido nem simples - é estatística. Mesmo que não se queira dispor de todo esse tempo de pesquisa - conversas com o pediatra inclusive, se ele aceita - e seguir o padrão, é importante ter em mente que não é apenas uma 'picada'.

O que queremos é uma crítica a essa cultura tão arraigada que vacinas são maravilhosas, que só trazem coisas boas, que crianças vacinadas são imunes a tudo, que adoecem menos, que devem ser vacinadas o mais cedo possível, da mesma maneira.

Não é questão de voltar no tempo, é questão de não endeusar uma tecnologia. E claro, você pode bem acreditar - como a maior parte dos médicos (pediatras inclusive) - que não há nenhuma reação a longo prazo de vacina nenhuma e aplicar vacina até para cocô verde no berçário.

Tenho poucos textos, poucos livros para indicar. Volto futuramente e recomendá-los.

Somos o máximo

Li de amiga minha, A. :

"Se você for pensar no útero... imagine, ele começa do tamanho de uma pêra! E é capaz de ficar do tamanho de uma melancia, ou até maior se você estiver grávida de múltiplos... e mesmo com as paredes tão esticadas e finas, ele ainda tem força de empurrar um bebê pra fora! E depois do parto, volta a ficar pequenininho, tudo perfeito, no lugar outra vez..."
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Decisões

Uma coisa que leva anos para entender é que quando não decidimos, alguém irá decidir por nós.

"Abrir mão de tomar uma decisão significa delegar, mesmo que involuntariamente, a responsabilidade sobre essa decisão a alguém. Ou às circunstâncias. A Deus, ao destino, à vida; como queiram chamar.Não optar é também, portanto, fazer uma escolha. É escolher a renúncia. Quando escolho não optar, deixo que alguém decida por mim, ou que as coisas simplesmente aconteçam.
E quando se trata de nossos corpos? De nossa saúde? De nossos filhos?
Quem gostaria realmente de renunciar às decisões que dizem respeito à integridade do próprio corpo e à saúde, não apenas a própria, mas também a de seu bebê? "


Estava pensando nesse texto hoje, e subiu o tópico novamente. Era tempo de comentá-lo.

Os pais sempre escolhem muitas coisas. Escolhem quando engravidar, escolhem o profissional que irá atender o parto. Escolhem quem cuidará do bebê, escolhe a escola, o plano de saúde, o pediatra, a casa, os brinquedos. Cada uma dessas escolhas, tem seu peso, sua responsabilidade e sua consequência.

Aquela roupa que você comprou pode causar uma alergia severa em seu bebê. Naquela tosse chata, você pode ir para o pronto socorro e ganhar uma meningite de brinde. Aquele xarope pode dar uma dor de barriga tensa. A papinha de maça pode oferecer uma grande constipação. A vacina pode causar uma caxumba. O resfriado pode se tornar uma pneumonia. O remédio pode causar insônia.

Em última instâncias TODAS as decisões sobre a pequena criança passam pelos pais. As consequencias de qualquer uma deveriam ter sido pesadas em riscos e benefícios. Se você não decidir, alguém decidirá por você. Não necessariamente levando o seu histórico como base, talvez uma decisão genérica.

Delegar não resolve nossos problemas. Não adianta culpar o médico pelo efeito colateral do remédio, o governo pela reação da vacina, a humanidade pela poluição. A determinação do saudavelmente comum e doente é feita pelos cuidadores, e não por outras pessoas. A decisão de ter segunda, terceira ou quinta opinião antes de operar as amígdalas é dos pais.

A decisão sempre é nossa. E se o resultado não for o esperado, sempre passa pela gente a responsabilidade, mesmo quando tínhamos delegado.

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"Eu não quero parto normal, é para bicho! É animalesco!"

Jura??? Essas aulas de biologias estão cada vez mais fracas. Por um momento achei que eram PLANTAS que pariam.

Ou então as célebres autoras dessa frases são amebas, samambaias, robôs, barbies, ou então assassinaram todas as aulas de ciências do primeiro grau.

Sabe como é, bicho homem, primata, mamífero. Homo Sapiens. Não botam ovos, produzem leite. Gestam. Tá difícil compreender? Somos animais.
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Amamentação é bom pra saúde de quem?

Todo mundo tá careca de saber que o leite humano é o melhor alimento.


"O aleitamento materno traz benefícios para o bebê, na medida em que aumenta a resistência às doenças infantis; a técnica de sucção estimula o crescimento dos dentes e o desenvolvimento de órgãos da fala; diminui o risco de diabetes, diarréia, eczema, alergias, infecções no trato urinário e no peito, obesidade e desordens de déficit de atenção e de hiperatividade.

Na mãe, o ato de amamentar libera hormônios que produzem o relaxamento; ajuda a diminuir o sangramento decorrente do parto; proporciona retorno mais rapidamente ao peso do corpo anterior à gravidez; retarda o retorno da menstruação e da fertilidade, melhorando com isso a quantidade de ferro no organismo; e diminui a incidência de osteoporose e de câncer de mama e ovários antes e depois da menopausa."
Daqui - Federação Nacional de Associações de Combate à Osteoporose


· A amamentação prolongada pode diminuir a fertilidade e suprimir a ovulação em algumas mulheres
· A amamentação reduz o risco de câncer de ovário
· A amamentação reduz o risco de câncer de útero
· A amamentação reduz o risco de câncer de câncer de endométrio
· A amamentação protege contra osteoporose. Durante a amamentação a mulher experimenta uma diminuição na densidade óssea. A densidade óssea de uma mãe que está amamentando pode ser reduzida, em geral em 1 a 2%. No entanto, a mãe tem essa densidade de volta e pode até ter um aumento, qaundo o bebê é desmamado. Isso não depende de um suplemento adicional na alimentação da mãe.�
· A amamentação reduz o risco de alguns tipos de câncer de mama.
· A amamentação tem demonstrado diminuir a necessidade de insulina da mãe diabética.
. Mães que amamentam têm tendência a perder o peso extra adquirido na gravidez mais facilmente.
Daqui - Amigas do Peito


E mais:



Eu tenho mil e uma razões para acreditar que amamentar melhora a saúde da mãe.
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Quem Escolhe uma Cesárea Eletiva só pode ser Maluca!

Da minha queridíssima mamífera Kalu.

http://mamiferas.blogspot.com/2009/10/quem-escolhe-uma-cesarea-eletiva-so.html

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A beleza da vida - Ocitocina

Esse é o terceiro e último post da série (aqui e aqui), prometo! Era impossível não comentar as nuances naturais do amor materno.

Cada binômio mãe-filhote mamífero tem suas características próprias. A relativa prematuridade de nossos bebês é uma característica forte - os cuidadores precisam despender uma energia e um esforço danado. O contato pele-a-pele é vital. E o que a natureza pode fazer para contornar?

O parto é direcionado pela ocitocina, o 'hormônio do amor'. Não é de se admirar que muitas mulheres, depois de um belíssimo parto natural, se apaixone perdidamente por seu bebê, a ponto de perder até o sono para admirar sua última 'façanha'. Uma mãe que ativamente coloca o filho no mundo, com seu próprio corpo, força e princípios tem assim uma ajuda natural a se sentir confiante que também nutrirá e cuidará bem de um bebê.

O que o bebê pode fazer para se tornar mais 'amável'? Os hormônios do final do trabalho de parto, do período expulsivo, ainda estão latentes na corrente sanguínea do bebê quando ele nasce. Não é ilusão, na primeira hora depois de nascido os recém-nascidos estão mais alertas do que estarão por pelo menos o próximo mês - eles abrem os olhos, procuram sons, procuram os olhos da mãe.

Não é a toa que bebês que mamam na primeira hora depois de nascidos tem a amamentação melhor sucedida, ainda mais os que nasceram de parto. O leite é estimulado pela própria sucção do bebê e o mais fantástico é que é o mesmo hormônio que contrai o útero no puerpério.

As primeiras semanas da amamentação podem ser bastante complicadas, mas assim que estiver plenamente estabelecida é um momento de ligação íntima com o bebê. Grudar e deixar-se grudar, o leite é apenas um dos subprodutos da amamentação. Mamar é muito mais que alimento, é calor, carinho, colo, consolo, prazer. Tudo-junto-misturado, na medida certa.

É um completo absurdo bebês saudáveis serem separados de suas mães depois do nascimento por 'rotina', simplesmente joga-se fora o mais precioso momento da existência. Cuidar de um filhote humano é muito trabalhoso. Eu acredito que toda e qualquer ajuda da mãe natureza é bem vinda nessa árdua tarefa.
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A beleza da vida - Amamentação

Para R.

Prosseguindo meu último post, continuo com a nossa fantástica fábrica de gente. A gestação possibilitava que a fêmea protegesse o feto aonde quer que estivesse - e agora o leite irá prover as primeiras necessidades desse filhote mesmo em período de escassez.

Os mamíferos são aqueles que mamam quando filhotes; o leite é espécie-específico, e cada um tem características ÚNICAS. Filhotes são particularmente vulneráveis, e a natureza não é burra a ponto de errar aqui.

Nossos bebês nascem turbinados de anticorpos, que a placenta alimentava - mas nascemos encharcados. O que fazer? Atrasar a descida do leite, prover apenas algumas gotas de colostro, um concentrado de anticorpos, nos primeiros dias. Como o sistema imunológico ainda levará anos para se firmar, doses de anticorpos direto do seio materno, por toda a lactação.

Somos cabeçudos e eretos, nascemos prematuros - mais do que qualquer outro grande primata. Nosso cérebro tem ali, uns 25%~35% formados - todo o resto se desenvolverá fisicamente nos próximos 18 meses. Do que precisamos? Um alimento para o cérebro. Temos um leite poderosíssimo em lactose, um carboidrato denso, energético.

Nossos bebês possuem os rins, intestino 'crus' (esse nosso cérebro grande e a pressa de nascer.....). Um leite de baixo teor de sais, de digestão rápida, altíssima absorção de ferro, grande quantidade de anticorpos. Contém uma receita específica que fez com que nós, humanos, chegássemos aqui, no século XXI D.C. O bebê não nasce com o reflexo de sugar e necessidade de levar tudo a boca à toa: é uma necessidade ancestral, precisamos mamar, mamar, mamar.

Além de ser uma receita certeira, o leite ainda mostra a necessidade de proximidade de mãe e filhotes. Uma coelha, que amamenta pouquíssimas vezes ao dia, ausentando-se da toca para afastar predadores, tem um leite riquíssimo em proteínas e gordura. Uma cabra, que tem o filhote grudado à si, tem um leite de baixa quantidade de proteínas e gordura. O leite humano contém ainda menos quantidade desses compostos, e você dirá que o bebê deve mamar a cada 3 ou 4 horas? Tentar manipular ou controlar as mamadas de um bebê é simplesmente descartar todos esses anos de humanidade. Todo o trajeto que fizemos até aqui, os acertos da mãe natureza.

Hoje, a organização mundial de saúde e a sociedade brasileira de pediatria são enfáticas: até os seis meses, o bebê só precisa de leite humano, livre demanda. Nada de chá, leite artificial, papinha, churrasco ou lasanha. Leite humano e ponto. Depois dos primeiros seis meses, podemos começar com frutas, carnes, verduras, cereais. O leite de vaca não é nem de longe uma necessidade, e sim um grande alergêno em muitos bebês.

Somos uma espécie de longa infância, um longo tempo para desenvolvermos nossa usina de idéias. O leite é o carro-chefe de todo o primeiro ano - após isso, ele vai lentamente abandonado pelo próprio bebê, que encontra outras coisas mais interessantes a fazer no mundo. As recomendações são manter a amamentação até dois anos ou mais - e não é difícil compreender o porquê.

Nosso leite é especial. Especialmente desenvolvido por humanos e para humanos.



[1] Criando Bebês / by Howard Chilton
[2] Our babies, Ourselves / by Meredith Small
[3] Besame Mucho / by Carlos Gonzalez.


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Estatísticas

Tive um professor de estatística que tentou explicar porque os alunos têm tanta dificuldade em aprender essa matéria:
-O homem foi feito para caçar mamute, fugir de tigre de dentes de sabre e pegar a mulher do vizinho. Qualquer coisa muito diferente disso é muito difícil para o nosso cérebro.

Ri MUITO! Vindo dos comentários daqui

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A beleza da vida - Gestação e Parto

Eu acredito muito no evolucionismo. Eu creio ser uma teoria simplesmente linda, poética, até - então, cara leitora, se você não acredita na evolução como fato, encare como a minha mitologia preferida. Troque evolução por deus onde quiserem, não mudará meu total encantamento.

Esses dias, em um dos inúmeros blogs que leio, caí aqui - sim, a coluna feminina é muito mais adaptada à gestação do que a masculina. Não é simplesmente... divino?

No livro 'Criando Bebês'[1] existe um belíssimo capítulo entitulado 'Como a evolução modelou nossos bebês'. Somos uma espécie cabeçuda, muito cabeçuda. Pior, somos cabeçudos e bípedes - nossos quadris sustentam todo nosso peso. São quadris mais fortalecidos, com ossos de apoio maiores - que limitam e 'entortam' muito o tamanho do canal de parto. As fêmeas de nossa espécie tem o quadril mais largo, mas não tão largo a ponto de deixar nossos passos bamboleantes.

Então, como fazer um bebê cabeçudo passar uma pelve estreita? Fazendo-o nascer antes, muito antes do que qualquer outro mamífero, numa fase em que sua cabeça ainda passa - mas que ele pelo menos têm condições mínimas de sobreviver externamente. Jogar no colo dos pais o bebê mais prematuro possível.

As últimas semanas da gravidez, a preparação do útero com suas contrações 'falsas'. A diminuição do líquido, o bebê que se mexe menos. Os hormônios que relaxam os ligamentos, a alteração de humor, as faxinas inexplicáveis.

O bebê humano nasce entre 37 e 42 semanas, contando a partir da data da última menstruação. Bebês que tem menos de 37 quando nascem (principalmente sem trabalho de parto) costumam apresentar uma série de probleminhas, como 'pulmão úmido', dificuldades de sugar. Logo, posso perceber claramente aí que a gestação tem esse tamanho por necessidade desse bebê, ele NÃO poderia nascer antes (na época das cavernas), ou invariavelmente morreria.

O parto é o evento divisor de água, e ali acho que todo o poder criador se faz presente: o ritmo, a dança. E então o trabalho de parto se inicia, e aquele fortíssimo colo do útero que lutou sozinho contra a gravidade a gravidez toda vai simplesmente desaparecendo... E a cabeça do bebê terá que passar pela sinuosa e estreita passagem de ossos, pouco a pouco.

É um processo, e mecanicamente os corpos se ajeitarão: a dor é o indicador da melhor posição. Temos que facilitar o processo para nós, para nosso bebê - e cada momento do trabalho de parto uma posição ajudará o processo. De cócoras, na bola, de lado, de bruços, rebolando. É a dança da vida, estamos ali para deixar nascer, para ultrapassarmos novamente o que a natureza pede a milhões de anos. Ficar de pé, ter cérebros grandes, essa é a razão para nosso parto longo.

O colo vai sumindo, e o dilúvio de hormônios é inebriante. Embebedamo-nos de amor, ocitocina, o hormônio do amor e do parto. Cochilamos, comemos, tudo é nebuloso. Se temos a oportunidade de nos aninharmos, tal qual os direitos dados às gatinhas, éguas e cadelas, podemos nos concentrarmos no nosso estado alterado. Se dadas condições no ambiente, nosso próprio corpo produz um pequeno coquetel de endorfinas.

A expulsão é outro momento inacreditável: agora o útero faz uma força descomunal para empurrar o bebê, já que o caminho está livre. O bebê faz a rotação, a sua cabeça molda-se para sua hora da verdade. Os músculos comprimem o bebê, que expele o líquido amniótico que estava em seus pulmões. O processo de parto ajuda o desenvolvimento do pequeno, imaturo bebê. Os hormônios do parto o ajudarão na transição para o mundo seco.

É tudo perfeito. Simplesmente pular esses processos, de parto natural, ativo e de amamentação é simplesmente negar todos os milhões de anos que os mamíferos estão sobre a Terra. Não posso acreditar que as necessidades de uma parturiente e bebê mudaram desde os tempos dos primeiros humanos.

Sobrevivemos até hoje por causa do parto e da amamentação. Fomos desenhados para esses processos, fomos desenhados por esses processos. Somos os eternos mamíferos, apenas mais cabeçudos e bípedes.


[1] Criando bebês - Dr. Howard Chilton
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Quanto custa ter uma doula?

Eu sempre falo que a pergunta deve ser outra, quanto custa não ter uma. E custa muito.

Pode custar o desespero nas últimas semanas da gestação, o sentimento da falta de apoio. Lembrem-se, gravidíssimas são emotivas por excelência - e ser taxada de aberração por desejar o natural é cruel.

Pode faltar o apoio simples para trocar o médico cesarista. Pode faltar alguém que didaticamente lhe ajude com os medos específicos do parto, um ombro amigo que não vai tentar lhe convencer que o corpo é defeituoso.

Pode custar uma ida precipitada à maternidade, que invariavelmente recairá numa série de intervenções - dolorosas, humilhantes e desnecessárias.

Pode faltar em TP alguém experiente, e que possibilite ao pai curtir o momento sem se preocupar em ser responsável. Pode faltar alguém com lide suficiente para lhe lembrar de comer e beber. Alguma sugestão de respiração, massagens, posições e exercícios nas contrações e expulsivo. Pode faltar alguém para lhe dar um ânimo de confiança.

Pode faltar alguém com tato e confiança na amamentação.

As doulas tem a inteligência emocional desenvolvida: sabem o que falar e como, no momento mais vulnerável de nossas vidas. Dão a segurança para que os papais possam curtir o momento sem pressões. É um bicho multi-uso: ajuda a vencer os medos da gravidez, serve de ombro amigo, ajuda a compreender os processos próprios do parto, cronometra contrações, atende o celular, prepara algo para comer. Sugere posições para alívio de dor e também para acelerar algum ponto. Um guia do desconhecido. Diminui estatisticamente as necessidades de analgesia, fórceps e cesáreas - vai menosprezar isso?

E o dinheiro? É pouco. Com certeza, dá-se sempre um jeito de pagar. Não é absolutamente tão caro quanto você imagina, e valeria a pena mesmo que custasse o quádruplo. Passe nesse meu post sobre enxoval e reveja seus conceitos do que é realmente importante. Se você colocar no papel quanto custariam os desdobramentos de uma cesárea e uma amamentação falida, dá muito e MUITO mais do que o custo da doula - sem contar no aspecto psicológico de viver a experiência mais marcante de uma mulher com plenitude.

A pergunta é: posso não ter doula e ter um belíssimo parto natural? Claro que pode, é tudo uma questão de respeito e conhecimento. Ter doula durante o TP é uma escolha - por exemplo numa casa de parto boa com acompanhante carinhoso ou domiciliar com certas parteiras. Agora num hospitalar, ainda mais no Brasil, acho totalmente improvável - não recomendo em hipótese alguma. Sou da opinião que se vc acha que está em 'dúvida' se quererá uma doula, pegue. Nunca vi nenhuma se arrependendo de ter.

Não caia na besteira de achar que acompanhante fará esse papel: o mais normal é tal pessoa não querer que a parturiente 'sofra', ficam com pena, ou simplesmente se apavoram com o parto. Não é por mal, simplesmente é a falta da segurança e experiência.

Agora, mais importante do que ter doula durante o parto é o apoio de casais grávidos, grupos de mães que amamentam. São de vital importância.
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Funchicórea

Vc também achava que funchicórea era 'natural'?


Cada medida ( 0,15g ) contém :
Extrato mole de chicórea .. 0,01g
Ruibarbo em pó ... 0,01g
Essência de funcho ... 0,0035ml
Sacarina pura ... 0,003g
Excipiente q.s.p. .. 0,15g

Mano, tem SACARINA nesse troço!
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Fotos de parto

Muitas pessoas ficam muito assustadas com fotos e vídeos de parto.
Primeiro que usualmente não há muitas imagens do trabalho de parto em si, e mais do finalzinho do expulsivo. Onde a mulher está do lado de lá dos portões da partolândia, diga-se de passagem ;)

Muitas vezes a parturiente está gritando, está com 'cara de dor'. O aparente 'descontrole', os rugidos, as palavras soltas, os olhares distantes... tudo parece estranho e apavorante olhando de fora.

Mas a realidade é outra. Ali, às vias de parir, somos o arquétipo da mamífera - não temos vergonha de sermos... MULHERES. Somos tão bicho quando ao chegarmos ao mundo, quando morrermos.

Pode ser nossa necessidade de simplesmente expressarmos um pouquinho do vendaval que se passa no nosso corpo, pode ser o impulso e a força pulsante. Já ouvi de outros, é o grito da guerreira.

Não se assustem com os gritos, com os suspiros, com os tapas, as mordidas. Não é dor, eu vou arriscar dizer que a dor deve corresponder a uns 30% de um parto. O resto, minhas queridas, o resto é ocitocina, é paixão. No momento da nossa verdade, a dor é um detalhe, um importante componente - mas não, as caras e bocas, os choros, sorrisos, danças e trejeitos são muito, muito mais do que dor.
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Meus motivos

Eu sou xiíta.

Luto para que os médicos aceitem a medicina como ciência. Pode até estar errada hoje, mudar amanhã, mas a atualização é uma questão de respeito. Acho um absurdo o desejo real de um parto se tornar uma cesárea mal elaborada. Acho o cúmulo da antiética enganar um paciente para mudar sua opinião.

Torço para que os médicos não precisem mais se colocar como deuses; que cada paciente um procure em si sintomas que realmente possam ajudar os médicos em seus diagnósticos. Que médicos não tenham mais que carregar toda a responsabilidade da vida dos outros, que seja visto como ser humano que também tem vida social e família. Que não precise encher o usuário de remédios para que se ele sinta feliz. Que não precise lidar com hipocondria e o pânico de estar doente.

Ajudo pais e mães a terem confianças na natureza dos corpos e na própria autoridade, para não sobrecarregar o médico com perguntas fora de seu escopo. Que as pessoas percebam que as crianças eventualmente possuem febres, viroses; e que hospital/PS nenhum na face da terra fará com que elas se curem mais rápido do que a canja da mamãe.

Faço o possível para que gestação saudável, parto sem intercorrências, amamentação seja visto como um pedaço natural da vida. O apoio em todos esses trechos é imprescindível.

Sei que tal sistema médico é ruim para usuários e profissionais. Então porque mantê-lo??

Às que preferem os movimentos antinaturais, só posso sentir pena.
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Médicos fontes-eternas

Os médicos, maior parte das especialidades, estão acostumados a lidar com doenças - por sinal, das mais simples às mais bizarras. Agora, embora eles possam ter experiência em toda a sorte de coisas esquisitas eles ainda só conseguirão dar o diagnóstico pelas palavras, sintomas e sensações expressadas pelos pacientes.

Se eu chegar e falar:
- Doutor, meu filho não come. Não come nada, arroz, feijão, carne. Eu tenho que bater nessa criança, ele vive de vento!
O médico pediatra pode até tentar retirar mais informações, como quando eu tento ofertar, em que quantidade, etc. Mas eu ainda insisto, digo que já tentei de tudo, que nem na escola ele come. Um médico não tem o lide, o tempo, a estrutura para dar o apoio psicológico - não é o objetivo dele. Tudo que ele pode fazer é acreditar, pois se ele não 'tratar' a doença, será taxado de incompetente.

Nas primeiras contrações de BH, muitas gestantes se desesperam. Se elas falam que estão com contrações, que está em TP prematuro o que o médico poderá fazer? Ele tem que acreditar, ou poderia ser processado por negligência. Nem que seja com placebo.

Se uma gestante fala que nunca conseguiria passar por um parto, como o médico poderia demonstrar o contrário? Como o médico poderia no tempo da consulta ainda cuidar do emocional?

Nos casos de obstetras e pediatras, deve-se portar com CO-RESPONSABILIDADE. Os médicos a mãe/pai devem saber que seu filho a priori é saudável, que variações são esperadas. O resultado bom ou mal de saúde não depende apenas do médico, e sim também dos pais. Há de se ter discernimento, pois o pediatra/obstetra não tem o objetivo de cultivar o emocional.

É fato que a maneira de cuidar de um bebê está totalmente fora de escopo da operação de um pediatra. Mais fato ainda que os grupos de mães é que devem fazer este papel. Os bancos de leite, consultoras de amamentação aprendem as nuances psicológicas da amamentação, que estão muito longe da alçada do pediatra.

Para tanto, é necessário realmente buscar o apoio de casais grávidos, GAPPs, doulas, LLLs, bancos de leites, grupos de mães, etc. É aí que poderemos ter dicas de sonecas, cuidados básicos de bebês, informações de todas as maneiras sobre amamentação e o que é normal na gestação. Todos os medos, dicas e macetes, desabafos, histórias, relatos - e daí que retiraremos nosso próprio meio de agir.

Muitas vezes os médicos são marcados como referência para toda e qualquer informação, e assim incubidos de substituir as decisões dos próprios pais. E fazem isso porque é assim esperado deles, e não porque gostariam ou se prepararam para tal. A doula faz um papel totalmente distinto do papel do médico, está ali apenas para lidar com o suporte emocional. Médicos não são deuses. E estão ali para avaliar a saúde, e não para serem amiguinhos. Mas não possuem bola de cristal, nem mãos milagrosas de cura. Crianças se curam com, sem ou apesar dos médicos.

Meu médico, cesarista???

Já faz tanto tempo, tanto tempo que estou nessa rota. E desde sempre eu vejo aquele estereótipo

(1) a gravidíssima, semanas finais descobre que seu médico que a acompanha desde a menarca é mega cesarista. Sem opções, sem doula (porque não economizou para isso) desespera-se.
(2) a gravidíssima toca uma cesárea no meio das idéias por alguma desculpa tosca e torpe.

Para começo de conversa, leiam este e esse artigos. Maioria das gestantes, no início da gestação, preferem o PN, sabem das vantagens. No fim da gestação, mais algumas já foram apavoradas o suficiente para pedirem uma cesárea. E pior, mesmo as que ainda preferiam o parto normal, recebem uma cesárea.

Observou-se que, embora 70% das entrevistadas não relatassem preferência inicial pela cesariana, 90% apresentaram esse tipo de parto. Verificou-se que, independente do desejo inicial da gestante, a interação com o serviço de saúde resultou na cesariana como via final de parto.
(...)
O predomínio de algumas razões referidas pelas mulheres para a realização da cesariana, como presença de circular de cordão, relato de bebê grande, história de cesárea prévia, em detrimento de intercorrências clínicas ou obstétricas reais, tais como a hipertensão e a diabetes, revela o alargamento das indicações de cesarianas adotadas pelos obstetras.
(...)
O terceiro momento de mudança ocorreu durante a internação para o parto, quando a opção ou concordância de 70% das mulheres pelo parto operatório resultou numa proporção de parto cesáreo de 90%. Dois fatores merecem destaque nesse momento. O primeiro é o excesso de cesarianas eletivas e a baixíssima proporção de mulheres que entram em trabalho de parto, seja de forma espontânea ou induzida.


Dá para ter uma idéia do que é isso? Ou as mulheres são ludibriadas a receberem suas cirurgias, ou então tascam-lhe guela abaixo mesmo.

Mas não dá para simplesmente acusar o médico. Muitos acreditam que a cesárea é o melhor, mais seguro e mais rentável, então induz a mulher a isso. Alguns definem que se paga pouco, que não podem perder consultório, que não podem sair a noite por causa da violência, que não querem responder processo se acontecer o fatídico 0,0001%.... Há uma relação de paternalismo com os médicos, em que eles são os detentores máximos do saber, e nos 'salvarão', seja lá do que. Eles querem corresponder a essas expectativas, simplesmente médicos são humanos. Tem família, cultura e querem ser importantes.

Se vc, aí do outro lado do computador, com 5 semanas, não perguntou na sala de espera qual a porcentagem de cesárea do seu médica, ou então coisas como 'ah, o parto a gente vê depois', é simples, querida. Estatísticamente, vc vai ganhar uma cesárea. Estatísticamente, desnecessária.

Não adianta chorar as pitangas, tá aqui um bem humorado questionário. Frases como 'ah, mas vc é pequena' ou 'caramba, vai ser um bebê enoooooooorme', ou 'ah, mas depois de fazer PN tem que fazer perineoplastia', corre. Léguas.

O desejo de ter uma cesárea é respeitado - o de ter um parto normal, não. Eu vou repetir: 90% de cesáreas na rede privada não é piada. A quantidade de falsas indicações de cirurgias também não. Não interessa se seu médico te conhece desde as fraldas, se ele não acredita que parir é melhor, ele não te deixará parir - na tentativa de te proteger, muitas vezes.


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Uma palavra amiga

Vivemos em sociedade, precisamos manter o nosso 'senso de pertencimento' - necessitamos fazer parte de grupos parecidos, que nos aceitem.

Quando nos tornamos mães, queremos modelos a seguir - uma visão de quem já passou. Mas parece que todos a nosso redor não tem uma palavra positiva! Então aqui vai meu texto todo a você, que está grávida ou mãe fresca:

Você não irá abortar. Seu corpo é perfeito, seu bebê é perfeito. A natureza mais acerta do que erra, contrações são comuns a gravidez toda.

Seu bebê é saudável. Estatísticamente falando, a maioria dos exames serve mais para causar estresse do que conseguir achar algo que poderia ser tratado.

Ficar grávida é cansativo. Embora nos cuidemos muito, podemos ficar com estrias, inchadas, engordar sem razão: mas não se preocupe, maioria das estrias sumirá depois do parto, vc perderá o peso que ganhou como a maioria de nós. Não, seu bebê não será um ogro por causa de seu aumento de peso. Sim, vai doer, cansar as costas, a bexiga e o estômago; mas provavelmente vc sentirá falta dessa plenitude se dar todos os nutrientes a uma pequena vida.

O parto é um evento maravilhoso. Parir seu filho é definitivamente o auge da vida - e acredite, dói. Não há droga que dê mais barato que a onda de ocitocina. Você irá amar - e seu corpo e do seu bebê agradecerá.

Você vai voltar a seu número de antes; vc não vai ficar cheia de estrias, não necessariamente a barriga ou os seios ficarão flácidos. Mas mesmo que fiquem, vc ainda assim não se arrependerá, porque vale a pena.

Você vai conseguir amamentar. Amamentar tem truques, é uma questão de confiança no corpo. Precisa de alguém para ensinar a pega correta, alguém para lhe ajudar em caso de empedrar, mas tenho certeza que vc conseguirá passar o primeiro mês. Existirão noites em que a vontade é de sumir, de chorar, de desaparecer - mas tenho certeza que vc conseguirá!

Você conseguirá manter a amamentação exclusiva por seis meses. Mesmo voltando à trabalhar, é só ordenhar, oferecer no copo, etc. É preciso força de vontade, mas muitas outras mulheres também conseguiram! Você vai conseguir manter a amamentação 'prolongada'. É a cereja do bolo da maternagem, é a continuação da simbiose do parto.

Você conseguirá lidar com seu pequeno toddler, seu filho, com respeito, carinho e paciência. Não necessitará da violência, porque afinal, tu é uma mulher adulta.

Ignore as histórias de terror. Úteros bomba, cordões enforcadores, bolsas amnióticas auto-explosivas, colos de útero que não dilatam, peitos que não geram leite em sua maioria são apenas LENDAS URBANAS, histórias mal contadas. As demais são mentiras mesmo.

Acreditem na natureza, acreditem em seus corpos.

Nossa velha medicina

Já inicio falando que tenho profundo respeito por médicos. São pessoas que se dedicaram a todas as ínfimas porcentagens de doenças, coisas bizarras que já passaram por essa terra.

É fácil notar que obstetra e pediatra também se formaram na faculdade de medicina: aquela mesma que estuda profundamente toda e qualquer doença. Mas essas duas especializações, ao contrário das demais, lidam com o normal, o corriqueiro - o saudável. É difícil pedir que alguém achei o incomum como saudável onde já se viu inúmeros incomuns não-saudáveis.

A Velha medicina - do Blog eccemedicus
Costumo dizer aos meus alunos para nunca se esquecerem que a medicina é mais velha que a ciência. Aliás, bem mais velha. Assim como os barbeiros, alfaiates, cozinheiros e açougueiros exercem profissões bem mais antigas que a ciência pós-iluminista que conhecemos hoje, o médico também tem uma profissão que por muitos anos prescindiu da ciência para existir. E nem por isso os médicos eram menos respeitados. A bem da verdade, a máxima de um velho professor de Radiologia e Clínica Médica aposentado era: "Sou do tempo em que a Medicina era péssima e os médicos, ótimos. Hoje, a Medicina é ótima, já os médicos..." Guardadas as devidas proporções e respeitada a ranzinzice própria da idade, a máxima tem um certo fundo de verdade: a associação com a ciência trouxe melhores resultados aos pacientes, mas não garantiu maior prestígio aos médicos. Diriam alguns que o que importa é o resultado com os pacientes. Eu diria que sim. Mas por que tanta infelicidade e doenças? Tanta insatisfação com a medicina, com os médicos, consigo mesmo! Esse "prestígio" que reclamo não é para minha vaidade. Esse "prestígio" é fruto de um reconhecimento que por sua vez, é fruto de um bem-estar, despertado ou provocado por um agente curador (healer), que não existe mais.

É interessante procurarmos então, o momento em que, pela primeira vez, o médico despiu suas vestes obscurantistas, preconceituosas e, porque não dizer, místico-religiosas, e vestiu um avental branco, com intuito de entender o que ocorria com um semelhante que insistia em sofrer. Detalhe, ainda não nos despimos totalmente de tais vestes: o avental não é nossa única fantasia. Nem sei se os pacientes querem isso - acho que não. Mas, quando foi esse momento inicial precursor da virada que transformou a medicina numa profissão diferente do açougue, da barbearia, da alfaiataria e da cozinha profissional?

Foi ao cuidar de seus mortos. Ironia da história. Somente quando o homem propôs-se a tratar seus mortos de modo a conservá-los - por motivos místico-religiosos, é verdade - pelo maior tempo possível é que surgiram teorias que permitiram propostas de tratamento para algumas doenças. Isso ocorreu há mais de 4000 anos atrás, no Egito.

Pensando na origem das certezas médicas para o post que completará a série, cheguei ao Egito e digo que, certamente, muitas de nossas atuais certezas, vêm de lá.

P.S. - O título desse post remete ao blog original, sigam-no.
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