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Segundo filho

Estava devendo esse post, em resposta à Dani e também por causa de uma grande e proveitosa discussão que tive.

Sou da opinião que filho é igual piscina gelada, não dá pra pensar muito antes de pular não! Se a gente fica pensando no frio da piscina, até o corpo acostumar; depois ter que sair, se secar, tomar banho, o cloro da piscina, o sol, o protetor - a gente não vai. Se pensar muito, a gente não vai *mesmo*, precisa de coragem e pular de uma vez. Depois, é uma delícia.

A gente deveria ter o segundo filho antes do primeiro, porque é infinitamente mais simples: a gente já encaixotou os palpites e palpiteiros, já educou os avós, já temos uma longa confiança em nós mesmos (poxa, o mais velho sobreviveu a nós!), e não tem tempo pra frescuras. Não tem tanta cobrança - aliás, acho que Angelina Jolie pensa o mesmo. Ter o segundo filho deixa toda a relação mais leve, porque simplificamos ainda mais os problemas. A gente desencana de bobagens, desapega, leva menos a sério, menos caraminholas.

Ter dois não é caro em dobro, é um pouco menos: vc vai comprar menos coisa pro enxoval, menos brinquedos, tem desconto em escola. Ter dois filhos não é o dobro de trabalho: o desenho é compartilhado, a comida é a mesma, brincam juntos, se entretem. E sabe, a gente sempre dá conta, dá um jeito.

Existe algumas textos muito interessantes por aí. Este, por exemplo, mostra uma mãe que teve muita dificuldade de aceitar a nova condição. Lembro-me perfeitamente do meu filho mais velho parecer ENORME, muito grande, muito crescido. Felizmente, tive um ótimo parto e não tive tantas dificuldades como a autora.

Existem mil motivos para se desejar mais um filho, sou contra ter o segundo filho *só* para fazer 'companhia' p'ro mais velho. Simplesmente, filho não é para servir de brinquedo dos outros, filho dá trabalho. É necessário estar disposta a tudo novamente, toda a entrega física da gravidez e emocional dos primeiros meses.

É uma experiência que recomendo fortemente; existe a velha piada dos cuidados com os filhos, muito engraçado, e tem um fundo de verdade. Bom, acho que faz parte de ser irmão caçula ter as coisas tudo mais ou menos!

P.S - Por uma coincidência incrível, hoje tem o mesmo tema na mamíferas.
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Tatibitabe

Inspirada no blog da Júlia, vou fazer em dicionário de Leonardês, o ogro de 23 meses.

ûcu - suco; qualquer líquido tomável num copo.
gata! - qualquer animal. Não adianta, nem 'au-au' sai.
cabô ou bô - acabou.
bô - derrubou
mamá - open bar, a mamãe
mamãe
papai
bí poita  - abre a porta
pé, meia
papato - sapato
papá - comida, prato, talher
não
tau - tchau
mai, qué mai - mais, quero mais


Existem mais milhares de sons quase impossíveis de repetir, que às vezes conseguimos identificar. Já ouvi 'cuntadô' (computador), 'sasudi' (saúde), 'gadu' (obrigado), 'naa' (de nada), banho, aua (água), mas ficamos na dúvida e não encontramos muitas repetições rs
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Pulando palpites

Hoje eu tenho técnicas abusadas de fugir de palpite. Coisa que mais me irrita é gente tentando me obrigar a fazer coisas de um determinado jeito, coisa chata. Como se tivéssemos obrigação de fazer como a pessoa quer, como se fosse o pagamento pelo *maravilhoso* palpite daquela criatura que não está nem um pouco afim de ouvir a sua opinião e estudo. 

1) Nunca, jamais, em tempo algum, pergunte pro pediatra sobre sono ou cama compartilhada. Ele não estudou isso na faculdade e achismo por achismo o meu é melhor. Até amamentação/nutrição é arriscadérrimo. 



2) Evite puxar assuntos que você sabe que são dissonantes. Não precisa ficar reclamando pra mãe do se-vira-nenê que vc não dorme, não fique falando que seu bebê mama bastante pro viciado em leite de vaca. 



3) Em caso de xiliques, choros inexplicáveis não olhe para os lados. Nem pense. Aja com consistência, seja P-O-D-E-R-O-S-A, vc sabe o que faz (mesmo se você não tiver a menor idéia rs). Não dê chance para que nem desconfiem de sua instabilidade social do momento. Cara de alface, ATIVAR!



4) Em caso de todas as anteriores falharem, ligue o turbo filtro. 
Mentira, nem sei fazer isso. Mas sempre vale a opção do 'Aham, sei. Noooooossa, vc viu a candidatura do Tiririca, que loucura!'. 


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Informação demais, privacidade de menos.

Eu sou uma menina de grandes planos. Como sempre digo, tenho planos dignos dos meus vinte e poucos anos, planos de uma vida toda.

Mas simplesmente não vejo necessidade de sair anunciando aos 4 ventos meu próximo passo. Não que eu me envergonhe, não que eu seja fechada ou 'independente': eu simplesmente não vejo motivo.

Quando resolvemos sair da casa de minha mãe, precisava ter aviso prévio? Pra que, para deixá-la preocupada de antemão, uma coisa que não estava bem definida ainda? Quando resolvemos ter mais um filho, de que me adiantariam todos os milhares de conselhos contra? Minha mãe não sabe onde é a escola dos meninos, não sabe quando vou no pediatra, não sabe o peso deles, não sabe o calendário de vacinações. Não avisei quando entrei em trabalho de parto, não preciso de mamãe pra ir no ginecologista, no pediatra e nem na hora do sexo. Já cresci, né, gente, não preciso mais de babá. Simplesmente minha família NÃO decide onde morarei, nem o que comerei, nem sobre a minha vida sexual. Seria um absurdo, uma invasão tentarem tomar esta decisão por mim.

Se eu quiser mudar de casa, de escola, de emprego, até de marido (rs), preciso ficar alardeando? É uma coisa tão íntima que não me vejo compartilhando com família e cia, deixando-me a mercê de palpites não solicitados e não bem-vindos.

Eu não sei bem pra onde estou indo. Na verdade, não me importo porque estou  curtindo demais essa minha vida!
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Essa tal cadeirinha

Vi hoje o link na Parto no Brasil

http://g1.globo.com/carros/noticia/2010/09/fiscalizacao-para-uso-de-cadeirinha-em-carros-comeca-nesta-quarta.html

Vale a pena ver o vídeo. Meus comentários anteriores à matéria em questão:

http://mamaecintia.blogspot.com/2010/06/cadeirinhas-e-cadeiroes.html
http://mamaecintia.blogspot.com/2009/12/cadeirinha-no-carro.html


Meu comentário depois de ver a matéria e comentários:
Queridos pais e mães do meu Brasil. Um carro CUSTA caro. O combustível custa caro. Se você tem condições de manter um filho E um carro, tome vergonha nesta cara e compre a cadeirinha. Filho não é descartável, e em tese é a segurança dele que o estado está tentando garantir (porque você não foi capaz de fazer isso sozinho!). Meu filho de CINCO anos tem cadeira desde que temos carro! Se ficou mais caro agora é porque tem um bando de gente enrolada.

Ah, bebê conforto não é prático para levar um bebê sem ninguém mais. MUITO MAIS PRÁTICO é deixar o bebê no banco? Solto no chão?? Aonde a criatura deixaria? O bebê conforto é o acessório que possibilita que uma pessoa leve o bebê sozinha num carro.

Um fato que está mesmo acontecendo (e as pessoas nunca reclamaram porque não usavam cadeirinha antes) é que as cadeiras que temos hoje são tão largas que é impossível colocar 3 no banco traseiro de um carro popular. Isto tem que ser reclamado com as empresas fabricantes.

Outro problema é que as cadeiras não são mais elaboradas para cinto de duas pontas. E os carros antigos não dispõem de nenhum cinto de três pontas no banco traseiro. E aí, além do que 'diz a lei', o que seria mais seguro?

Sempre tem aquela pergunta 'e quem tem mais de 3 filhos?'. Bom, eu não sei se as pessoas se lembram, mas existe uma coisa chamada LOTAÇÃO do carro. Se o carro é para 5 pessoas, o carro é para 5 pessoas - dois adultos e quatro crianças somam SEIS pessoas. Matemática básica, seis é maior que cinco e não deveriam ser transportadas num veículo assim.

Eu vejo as pessoas pouco se importando com a segurança do filho, isto é, o importante é não 'receber multa'. E a segurança do filho que se dane! Affe, tomara que ganhem um monte de multas antes que estas crianças sofram acidentes.
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Ornitorrincos

Estava esses dias contando sobre a maravilha que um ornitorrinco consegue ser, com bico de pato, rabo de castor, pêlos. Ainda por cima, a criatura bota ovo e mama.

Gabriel não se fez de rogado:

'Já sei, mãe! Ele é uma mistura de réptil e mamífero'.

Cara, é. E nem tenho como discordar disso, meu filho.
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