Parto em casa

Born at Home from Kat Small on Vimeo.


Minha doula repassou esse vídeo no facebook, e é lindo de verdade. Eu sei que as falas são em inglês, mas são tão poucas frases que não faz diferença saber ou não.
Mostra um parto em casa, do terceiro filho de uma moça. Doulas, parteira, filhos mais velhos, o pai, todos acompanhando e dando apoio à mãe.

Notem claramente como o corpo da mãe conduz o processo sozinho, com maestria. Notem que o trabalho de todas as outras pessoas é esperar, é amparar. O corpo, sozinho, faz tudo - e essa é a parte mágica.
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A busca de minha palavra

Sou uma apaixonada por leituras. Leio, leio, leio, no orkut, facebook, blogs, twitter, livros, revistas, qualquer papel é motivo ou desculpa. Em qualquer uma dessas trilhas, eu li um texto sobre a busca da sua própria palavra; lembro-me de o narrador/narradora explicar que encontrar sua própria palavra, aquela que nos pertence, que nos descreve, era libertador.

Esqueci autor, esqueci mídia, esqueci o título. Mas a busca continuou inquieta, ali numa sementinha que brotou e uma hora me deu um fruto. Sou única: mas quem não é. Sou concisa, sou direta, sou profunda, sou espontânea, sou feminista, sou leve. Mas nenhuma dessas palavras me faz jus.

Sou intensa.

O resto é consequência. 'Prefiro ser essa metamorfose ambulante', e tudo o que eu disser tem prazo de validade de 3 anos a partir da última vez proferida. E não ofereço garantias.
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Minha terra não tem palmeiras nem sabiá

Sou leve, prática e concisa. Direta ao ponto, sem muitos rodeios, falo o que julgo necessário. Talvez seja má muitas vezes, mas nas demais outras sou apenas mais direta do que maior parte das pessoas está acostumada. Esse meu jeitinho nada-delicado-de-ser tem seu preço e suas vantagens, e parece-me que simplifica a vida, além de ser tremendamente engraçado.

Na minha terra, não é não. Dizer não querendo dizer sim ou por educação é algo que me foge à lógica e ao minimamente decente. Aceitar algo por educação é bobo, inútil e gasta apenas o tempo e energia dos envolvidos. Exemplo?

'Quer provar um pedaço do bolo?'
Se você quer, pegue. Prove. Vergonha pra que? Se estiver de dieta, com alergia, com medo da procedência, não pegue. Diga não, agradeça e fim. Uma amizade vai se queimar por isso? Por um pedaço de bolo?

Dizer 'não' não dói. E não deveria doer também ouvir que alguém não pode lhe atender, ou que não atende a todas as suas infantis expectativas. Sério. O que dói é ser ignorado.


P.S. Vocês notaram que toda numa vibe de identidade? Deve ser a lua rs.
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Quem eu sou?

Eu tenho um post programado para quarta feira, mas antes disso pergunto:

Como vocês me descreveriam?
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A minha não-páscoa

Como sou preguiçosa hiper mega master-mór, e não somos cristãos, e não somos (muito) consumistas, a gente não faz nem páscoa nem natal. Assim, dia normal, vida normal de bagunça todo dia.

O mais curioso é que como todo o resto do mundo alimenta essa coisa de coelho da páscoa e papai noel (TV, outdoors, família, escola), eles não se diferenciam do resto nisso. Alguma coisa foi comentada por mim neste post do bule voador, e mesmo em setembro do ano passado perguntei ao mais velho: coelho da páscoa existe? Engraçado como a questão de 'existir' não é uma resposta de sim e não, para ele era uma questão de contexto para existir. Coelho da páscoa só existia na música, segundo ele.

Os avós paternos dessas crianças esse ano mandaram um CARREGAMENTO de ovos de chocolates, de todos os tamanhos e sabores (vou virar uma bola). Inclusive, minha sogra mandou alguns com  detalhes de coelho, pintados ou recordados. Gabriel ainda chega em casa e fala: 'a vó colocou esses coelhos só pra eu pensar que foi o coelho da páscoa que me deu os ovos'. Fiquei meio chocada, mas né.

Nunca falei que não existia, mas nunca fui perguntada. E aos quase 6 anos, realmente a fase da imaginação tem desbotado a olhos vistos, com ou sem minha ajuda. Mas hoje ele diz que coelho existe. Assim, sem maiores disclaimers. Aguardemos cenas dos próximos capítulos rs.
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Palavras de comerciais infantis

Eu sei que é em inglês, mas eu achei fantástico.

Uma moça levantou as palavras principais dos comerciais de brinquedos direcionados aos meninos e às meninas. O resultado é óbvio.

http://www.achilleseffect.com/2011/03/word-cloud-how-toy-ad-vocabulary-reinforces-gender-stereotypes/
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Carrinho ou não carrinho, eis a questão

Dona Ela me perguntou sobre o carrinho, porque e como não usei.

Com o mais velho eu tinha o carrinho, usei um tempo pra ele dormir do lado da cama (como se fosse um bebê conforto, moises, colchão no chão, etc) e depois usava para dar volta na quadra pra fazer o menino dormir. O carrinho se destruiu rapidamente com as calçadas malditas que temos por aqui. Usava o canguru para carregar o menino de modo mais razoável (não conhecia o sling), e olhe, usei ele até não aguentar mais. Com dois anos, não tinha mais canguru e nem por sonho que eu ia ficar carregando aquele trambolho daquele carrinho: ele ia andando.

Com o mais novo, eu conheci o sling. O meu mais velho tinha 3 anos e meio, então sempre achei MUITO mais prático que ele fosse andando que qualquer outro jeito. Então, era um no sling e outro na mão. Parece bem mais simples que sling e carrinho ou carrinho duplo. Mas também é fato que eu não andava mais que 4 ou 5 quadras seguidas com eles, pegava ônibus ou evitava. Se o mais velho pedia colo, eu falava que não podia, mas oferecia um abraço ou deixava que descansasse um pouco.

O mais novo morou no sling durante os 5 primeiros meses, só tirava a noite. Então, comprei mais um pra poder lavar mais facilmente. O Leozinho ficava tão tranquilo lá dentro que não tinha problema quase nenhum de atender o mais velho, ou levar pra passear, ou fazer compras de frutas/verduras: era praticamente como estar grávida de novo.

Nem todo mundo gosta desse arranjo, tem gente que prefere levar o carrinho para passear, mas eu acho que não vale a pena: meus bebês nunca ficavam mais que uns minutos ali dentro, é enorme pra ficar em qualquer lugar, atrapalha nas calçadas, ruas, ônibus, é grande pra colocar no carro, fica longe do nosso olhar e mão, e tem sempre um idiota mexendo no bebê: em suma não vale a pena. Se eu andasse de carro com os meninos ao invés de ônibus ou a pé, aí que não carregaria aquilo MESMO.

Pra quem tem gêmeos, aí pode complicar; talvez eu usaria um carrinho (daqueles 'umbrela') e um sling, variando entre um e outro. Não sei, não sei, difícil analisar. Não compre agora, se sentir falta pegue depois.

'Deu positivo, e agora?'

Para D. 


Tem uma coisa que já aconteceu com todas as mães 'não-planejadas': é a sensação do mundo ali se abrindo, na tua frente, diante daquele positivo. Seja no exame de sangue ou de farmácia, é assustador ver aquele resultado. O sentimento pode ser simplesmente descrito com a frase (perdão o francês) 'FODEU. E AGORA?'.

E agora? Eu tenho uma frase para esse tipo de situação: 'O tempo arruma o que eu não consigo arrumar. E vice-versa'. Uma gravidez é o típico 'problema' que o tempo resolve, que o tempo modifica.
Grávidas são intensas, vivem tudo intensamente. Se estão tristes,estão MUITO tristes; se estão deprimidas, estão muito. Se choram, quase formam um rio de lágrimas.

Se tenho uma dica? Chore, chore muito. Se desespere, se sinta mal. Por um, dois dias, uma semana se precisar. Vá atrás de amigas, pessoas para conversar, gente que esteja disposta a ouvir ao invés de te falar que você é boba ou que não é um problema grande. Encontre um grupo de gestantes, um GAPP, uma doula.

O primeiro trimestre costuma ser bastante complicado nesse aspecto, é o tempo de se descobrir grávida e encarar essa nova vida. Bem vinda.
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Tô gráaaaaaavida

Geeeeeeeeeeeeeente, vocês acreditam nisso???????





























Nem eu, brinks, primeiro de abril.
Passando por aqui pra avisar que amanhã eu volto! \o\
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