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Banho de mãe

E chega aquela hora solene do dia que você decide que merece um banho. E dane-se que está sozinha com os dois demônios da tasmânia meninos.

Você olha, fecha as janelas. Olha pros meninos e fala: não taquem fogo na casa, não destruam a casa, não se matem. E vai.

Na metade do banho-de-gato, ainda entra menino berrando no banheiro. 'Maaaaaaanhê, irmão que fez!!!'. Seja lá o que o irmão tenha feito, você berra do banheiro: 'GABRIEL, SEJA LÁ O QUE VOCÊ ESTEJA FAZENDO PRO SEU IRMÃO, PARE'. Você ouve ele 'tá bom!'.

Medo. Eu não sei bem o que eu fiz, mas aparentemente deu certo.
Saí do banho, não vi sangue nem fogo. Vitória.
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Eu e meus bichos-do-mato

De alguma maneira que não compreendo bem, meus meninos conseguem ser simultaneamente reservados e extrovertidos.

Se Gabriel resolve falar, ele fala muito. O tempo todo. Direto. Leonardo vai na onda.
Se ele resolve ficar quieto, que não mexam come ele.

Gabriel é bem piá-de-prédio. Tem medo de altura, medo de se machucar, medo de pular, medo de subir. Nada de brincadeiras fortes. Eu nem fui dessas mães que botava medo, parece que uma noite, perto dos três anos, ele resolver assumir todo o medo do mundo.

Leonardo tem sido um aprendizado para ele. Ele é muito destemido ainda, e Gabriel se vê na obrigação de acompanhar.

Irmão serve para muitas coisas.

Pára o mundo que eu quero descer!

Tem algo MUITO errado com os essa espécie humana, os *homens do sexo masculino*. Gente, eles vem pre-programados para serem idiotas ou é a água que dão pra eles? Alguém me conte, porque eu tenho 3 unidades aqui (2 trial e uma full) em casa e elas não tem apresentado falha ainda.

Eu não sei se é predisposição genética, mas tem muito homem babaca nessa vida, viu. :(

Meus meninos podem ser artistas de rua, podem ser músicos, podem ser gays, podem ser até políticos ou mesmo advogados. Mas machistas eu não suporto não, viu?
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QI ou não QI, eis a questão

Acho interessante como o QI é uma avaliação que tantas pessoas levam em consideração. QI tem uma componente muito forte de pensamento lógico.

Eu *aposto* que o QI de pessoas de TI e matemática superam o valor do povo de humanas. Aposto.
Sabe o que tenho passado horas a fio treinando desde que entrei na faculdade? Busca de padrões de problemas. Anos, e anos, horas e horas. Trabalho com isso.

Vai dizer o que, que somos mais inteligentes? A gente é treinado pra isso. QI não serve como prova de inteligência de jeito nenhum.

Escola só para meninos?

Eis que descubro que existe mundo afora escola apenas para meninos ou só para meninas. Sabe, não é coisa da época da sua vó, são escolas tradicionais que existem.

De cara fiquei chocada. Existem muitas pessoas que defendem muito, mas me parece... estranho. Contrário ao que acredito.

Reza a lenda que, nestas escolas, os meninos e meninas não são afetados por essa coisa de 'matéria de menino' e 'matéria e menina', porque né, isto não existe. Bom.
Como não existe o sexo oposto, as meninas tendem a não se basearem tanto na aparência. Bom.

Como não existe competição para chamar a atenção do sexo oposto, os adolescentes se dedicam mais aos estudos e tiram notas mais altas. CLARO, PEDRO BÓ, NÃO TEM COMO PAQUERAR FAZ COMO??? Compete em outra coisa. Mas até que ponto isso é razoavelmente saudável?

Eu acredito que ambientes com um único sexo são mais competitivos e pesados. Seja no cabelo, na nota, na fofocaiada, nas piadas idiotas.

Para muitas crianças, como as minhas, praticamente todo o contato com outras crianças se dá na escola. Hoje as famílias raramente tem muitos irmãos, primos de convívio diário. E aí, vem o ponto que a maior parte das pessoas que estudou em escolas assim relatam que tem dificuldade de lidar com o sexo oposto. Não me admira.

Até que ponto as pessoas levam a nota alta com maior valor que a interação e socialização das crianças na escola?

Eu acho estranho, estranhíssimo separar meninos e meninas. Juro.
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Confiança de irmãos

Minha amostra é pequena e viciada, mas será que sou eu que acho que irmão e/ou primo dá uma confiança extra?

Hoje tivemos que passar um tempo no shopping e levei os meninos naqueles parques com piscina de bolinha e brinquedos de escalar.
Quando um tem medo, o outro vai. Se o outro vai, o um vai pra não ficar pra trás. Juntos são aquela duplinha dinâmica em que um chama o outro, grita com outro, rola com o outro e vez em quando briga com o outro.

Leonardo, este pingo de gente que fala ogrolês, não tem o menor medo de ficar sozinho... desde que o irmão esteja próximo. É um igual, um conhecido, a segurança. Eu fui, voltei, e era solenemente desprezada em qualquer tentativa de conversar com eles. Coisa que, quando um dos dois está sozinho, não acontece: eles sempre me procuram com o olhar.

Ter um irmão tem sido muito bom para os dois: Gabriel tem ficado mais corajoso, mais cuidadoso com os mais novos; Leonardo tem um guia a seguir.

Eu tenho a impressão que não importa o que o Gabriel faça, Leonardo fará um esforço extra para imitar. Não interessa o que seja, a opinião ou desejo do irmão é SEMPRE melhor. Gabriel lê pausadamente, firmando o dedo indicado embaixo da palavra durante a leitura da sílaba: Leonardo reconhece 'palavras' e faz o mesmo, seja lá o som que ele resolva fazer nessa hora.
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