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The food of love

Recebi pelo facebook e é lindíssimo.

Veja todas as figuras (é em inglês).

http://www.thefoodoflove.org/index.htm
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Biologia é para os fracos

Gabriel ontem, admirando uma foto de canguru, me falou:

- Mãe, sabia que este canguru é macho?
E eu, inocente, pergunto.
- Ah é? Como você sabe?
- Porque ele é um canguru que luta sumô, e só os cangurus machos muito fortes que lutam sumô.

Vai discordar?
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Moleques grandes

Que me perdoem as mães de nenês, mas eu gosto mesmo é de ser mãe de moleque. Assim, ogrinhos, falando, correndo, matutando, explicando, criando.

Das vantagens de ser mãe de moleque grande:
- Você pede e ele faz um pão com manteiga para você.
- Acompanhar CADA uma das explicações mirabolantes para fatos corriqueiros.
- Dormir a noite toda, deixar que ele tome banho praticamente sozinha
- Não precisa acompanhar no banheiro
- Não precisa fazer o copo de leite, ele faz sozinho e ainda faz pro irmão
- Você explica as regras e ele entende o porquê.
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Nenê ou não nenê?

Mari deixou um comentário super bacana no meu post Quinze meses. Tão bacana que vou até fazer um post sobre isso.


Só queria comentar uma coisinha... Eu, pessoalmente, não acho legal chamar o nenê de Nenê. Fiquei em dúvida se é isso que você está sugerindo ou se usou "Nenê" como um nome genérico pra não dizer o nome do seu filho, por exemplo...

No pouco que conheço de pedagogia (trabalho em educação mas em sociologia da educação, é meio diferente) e da experiência de ter sido professora em pré-escola, penso que é mais legal pra formação da criança chamá-la pelo nome e ensina-la a chamar todo mundo pelo nome. Não pela idade (nenê, criança, adulto), nem pelo título (faxineiro, garçom, etc). Muito menos chamar professora de tia...

Então, Mari. Primeiro ponto é que, com uma criancinha em 'crise' (berrando, gritando, em pânico, desamparada, etc), não dá pra usar a linguagem adequada à idade dela - é uma espécie de medida de contingência. Use uma linguagem de pelo menos uns 6~12 meses a MENOS do que ela tem. Se uma criança de 18 meses tá gritando, fale como se ela tivesse 12 meses, e assim por diante. Usualmente, 'nenê' é uma das primeiras palavras, e também uma palavra que a criança se identifica. Os pronomes ainda são muito complexos para a maior parte dos toddlers berrantes. Se a criança  já tem uns 4 anos, o pronome 'você' pode ser mais rápido de entender, depende da criança.

O segundo ponto é que concordo contigo sobre chamar pelo nome (em todo o resto do tempo que a criança está tranquila).

Mas claro, o MEU nenê eu chamo de nenê, e vou chamar ele assim pelo resto da vida acho rs rs rs. Com 30 anos nas costas, e ainda vou chamar o guri assim <3 <3 <3. Meu anjo e meu nenê.

Como diz a Flávia, tanto trabalho pra escolher um nome e a gente só chama por apelido.

Bater em crianças é covardia

Para ver todos os posts que já escrevi sobre isso, clique aqui
http://leisecacontraapalmada.blogspot.com/
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https://www.facebook.com/SemPalmadas?sk=wall




(Esperei pela inspiração, mas creio que foi levada nariz abaixo pela sinusite. Sendo assim, minha ogrice me impede de fazer o post de hoje menos polêmico #mamilos. Em caso de frescurite, não-me-toques, 'mas-meu-filho-isso' ou similares, o 'fechar' é freguesia da casa. )

Hoje é dia de blogagem coletiva. Dia de dizer que sou completamente e absolutamente CONTRA qualquer punição física contra qualquer pessoa - incluindo crianças. QUALQUER PALMADA, TAPINHA, BELISCÃO É AGRESSÃO! Não sabe o que fazer para educar sem recorrer a este artifício estúpido? Leia algumas dicas minhas aqui.

E você, qual a sua desculpa? Seu filho está descontrolado? Cadê o lado racional e adulto da relação?? Cadê aquela pessoa super preocupada com a educação do filho? Resolveu soltar o neanderthal na criatura mais indefesa da casa, isso?

Eu, que sou uma pessoa muito muito compreensiva, nunca-jamais-em-tempo-algum ficarei apontando dedos para adultos que, em franco desespero, apelaram para a violência. Nunca. Sei que todo mundo erra, e é fácil bater em alguém quando é socialmente aprovado quando o cansaço bate. Agora, e o que falar dos que DEFENDEM isso? Eu não consigo mesmo pensar em nada além de bater nesta pessoa até que ela aprenda que violência não ensina nada. OH, wait...

E olha só, contrariando as expectativas gerais da nação, meus filhos não são nada mais trogloditas que seus pares da mesma idade. Educação não é dada no tapa.

E pra quem se esqueceu, filho dá trabalho. Se não quiser assumir esse trabalhão hérculeo, compra uma samambaia.

Quinze meses.


Para A.

Aos 15 meses, seu filhinho é um toddler. Nem de longe é aquele bebezinho de quando ele tinha 9 meses, não é? É um período que nossos filhinhos estão em crise, porque se sentem tãaaaaao poderosos e destemidos ao mesmo tempo que se sentem tãaaaaao desprotegidos do mundo.

Bom, eu vou falar o que eu fiz. Cada pessoa e cada família tem uma dinâmica diferente, e sempre muda.
Tudo o que eu fiz foi aceitar que, bom, filhos crescem. Eles não vão ficar implorando grudados na minha perna o resto da vida, desde que eu seja uma mãe minimamente boa. Então, acreditando que crianças vem ao mundo pra dar certo, e que a maioria dos adultos são gente boa mesmo tendo péssimas mães, eu deixei que o tempo fizesse o milagre por si próprio.

Escolha as batalhas que valham a pena. Não dá pra viver em pé de guerra; se você puder atender o pedido a criança sem passar por cima das regras de ouro da casa ou que lhe machuque, faça isso. Guarde suas energias para o que é perigoso ou que realmente afeta. Acho que ter quando temos um novo morador em casa vindo diretamente do reino-dos-ogrinhos, a opinião dele deve sempre ser ouvida. Assim como todos os demais da casa.

Para as batalhas que valem, a única coisa que te recomendo é o que está aqui e aqui. Digamos que lhe irrite profundamente só ir ao banheiro com companhia (é algo que não me incomodava). Então o diálogo poderia ser assim:
- Nenê, mamãe vai no banheiro. Mamãe banheiro. Espera. Espera aqui (fazendo sinal com a mão).
Aí você provavelmente vai entrar no banheiro e ter uma criança aos berros no corredor. Ok. Na hora que você sair, você poderia falar.
- Nenê bravo, muito bravo. Nenê banheiro, nenê quer mamãe. Nenê quer mamãe banheiro, nenê banheiro. (reflita com linguagem corporal um pouco de como a criança se sente, para demonstrar que você entendeu).

E só. Não se afete *muito* pelas coisas que você não pode dar (ou não quer dar). Mas sempre faça questão de mostrar que você entendeu, que ele é compreendido. Nas primeiras vezes a gente acha difícil, se sente envergonhado, a criança não entende. Mas a gente vai pegando o timbre, vai pegando a quantidade de repetições, tamanho de palavras e frases, entonação.. e de repente, seu filho olha pra você com cara de 'isso mesmo! Agora você entendeu!'. Se sentir compreendida diminui uns 80% das 'birras'.

E hoje, o toddlerese é tão fluente aqui em casa que até o filho mais velho usa com o caçulinha rs. Vai por mim. Dicona.
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Crianças que crescem (!)

Gente, a constatação beira o absurdo, mas é verdade. As crianças crescem.

Gabriel nasceu assim, um bebê que não dormia. E nasci eu mãe, já com pezinho fora da matrix, já sem medo de confiar no meu taco. Foi um bebê que relutava, relutava, relutava a dormir. Eu me neguei permanentemente a deixá-lo chorar, mas foram meses complicados. Provavelmente por conta da falta das sonecas, ele não mamava o suficiente e por recomendação da pediatra - que afinal era o único recurso mais perto de minimamente acreditar em mim - introduzimos uns copos de LA com mucilon por dia.

Era um bebê que não negava comida. Qualquer coisa ia pra dentro, sem diferenciação. Provavelmente minha inexperiência com greves de mamá fez com que eu acreditasse que a amamentação tinha chegado ao fim muito precocemente, até porque o LA era dado em copo e não mamadeira.
Levou praticamente 12 meses para ter dentes. Andou antes de ter dentes - o que não impedia nem de comer milho. Sempre fui uma mãe preguiçosa, larguei as papinhas pouco antes dos 9 meses. Com 12 meses, a crise da separação pegou pesado, e qualquer desconhecido que lhe dirigisse a palavra era sumariamente bombardeado com berros.

Eu me formei quando Gabriel tinha 2 anos; na festa de formatura, podíamos ouvir ele falando: 'mamãe? papai?'. Nesta idade, e até mais de 5 anos, ainda gostava do cochilinho da tarde. Mas inevitavelmente acordava a noite até uns 4 anos, mas ensinamos a não chorar e ir direto para minha cama.

Gabriel aos 2 anos era o ogrinho padrão. Gostava de bater, bagunçar, se jogava eventualmente no chão, birras, etc. Destemido, adorava brincadeiras 'perigosas'. Nesses últimos 4 anos, a personalidade dele toda aflorou. Com 3 anos, ele já ficou um menino 'medroso'. Não gosta de brincadeiras exuberantes, tem medo de altura, medo de levar bolada, medo de tudo. Eu não sei exatamente quando ou porquê aconteceu isso, até porque sempre incentivei todas as 'artes' de criança. Ainda vamos ter que trabalhar bastante com isso. Ele é um menino que fala, fala, fala e fala, mas que surpresa, ele é reservado. Então, de alguma maneira ele consegue ser tímido e ao mesmo tempo gosta de falar, mas com pessoas que ele sente confiança. A alfabetização dele, como eu imaginei, ocorreu tranquila e sem nenhum problema. Hoje ele faz questão de agradar os amigos, de trocar brinquedos, de ser aceito, de participar. Mas não de coisas que envolvam perigos físicos rs. Tem uma habilidade para joguinhos que ganham de mim umas 10x.
Desde os 3 ou 4 anos é bem mais seletivo para comida. Escolhe os ingredientes que gosta e que não gosta.

Leonardo também nasceu um bebê que não dormia. Mas eu já estava vacinada e soube lidar melhor. Com 3 anos, já não quer tirar o sono da tarde. Mamou até 2 anos e alguma coisa, e o desmame ocorreu de forma tal que levei mais de uma semana para perceber.
Até os dois anos, Leonardo parecia ser uma cópia de personalidade de Gabriel. Mas Leo, aos 3, é destemido ainda, não tem medo de altura nem perigo (e nem noção). Aliás, usualmente Leonardo faz coisas que Gabriel tem medo, e acaba que Gabriel faz para não ficar para 'trás'. Ainda tem a língua enrolada e boa parte do tempo as sentenças dele são em leonardês. E ele fala bastante. Mesmo com os 12 meses, ele nunca se assustou com estranhos. Nunca se importou que estranhos mexam com ele, falem com ele. Acha graça, o danadinho. E desde que o irmão esteja por perto, não tem medo nenhum de correr até sair de nossa vista.

Para quem conhece os dois agora, parecem duas crianças de personalidade tão distintas que nem parecem irmãos. Mas é engraçado perceber que eram tão parecidos quando pequenos. E que parece que Leonardo tem mantido essas características por mais tempo.
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