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Amamentação e confiança

Já li no Criando Bebês que amamentar é um truque de confiança:

Nós sabemos que as mulheres que fazem isso [amamentar] bem e com facilidade são as que nunca consideraram que não conseguiriam. São mulheres que estão cercadas por pessoas que ensinam a elas como colocar o bebê no peito adequadamente e sempre dão a elas a impressão de que tudo vai dar certo.
Pesquisas feitas com mães novatas mostram que o simples fato de ensinar como se faz o leite artificial, antes que elas saiam do hospital, reduz de maneira significativa o número de mães que amamentam com sucesso. Isso manda um sinal silencioso para essas mulheres ansiosas que elas podem falhar na amamentação. Para a mãe, com o seu primeiro bebê aparentemente vulnerável e totalmente dependente, a amamentação é uma grande responsabilidade. Nem o peito, nem o bebê dizem quanto leite está entrando. As mães tem que assumir que é o suficiente.
Existem poucas coisas parecidas com isso no mundo. Normalmente, você pode checar as informações, ou pedir um conselho, ou chegar a uma conclusão sozinha... Mas aqui é só o peito e o bebê, fazendo o trabalho deles.

Lindo, não? Toda amamentação tem momentos críticos: três claríssimos que vejo é o início, a melhora da logística aos 2~3 meses, e o desenvolvimento de sono bebê aos 4 meses.

O início tem inúmeras possibilidades: o mamilo sensível, a demora do leite, o fluxo muito forte, bebê que não sabe pegar, recém-nascido que dorme muito, irriquieto, que dorme muito ao seio, mastites, leite empedrado. Nessa fase, ainda há bastante ajuda, na maternidade as enfermeiras usualmente sabem se utilizar das técnicas.

Para a maioria das mulheres, a produção inicial é inesperada e irracional: o leite vaza, os peitos ficam estufados. Como o corpo humano não é burro, em algum ponto essa falha de percurso é corrigida, e o peito torna-se a fábrica just-in-time, perfeita. Isso assusta muitas desavisadas, que deduzem que 'seu leite acabou'. Junte isso com um bebê que chora muito (e pode ser até sono ou saudades do útero) e você tem um vendaval. Ofereça leite artificial, a feijoada versão baby, e seu bebê ficará letárgico pela digestão e aparentemente 'melhor'. Isso provavelmente acontecerá antes dos 3 meses.

E aos 4, o sono enlouquece. Seu bebê terá alguns dias que você duvida muito que sobreviverá ilesa. E a amamentação paga o pato novamente.

E agora, o que distingue a mãe que parte para o leite artificial da mãe que insiste em outras coisas? Para mim é conhecimento, apoio e confiança no corpo. E vcs, o que acham?

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