Vivo com homens, sou rodeada deles. Trabalho com vários, casada com um, pari outros dois. O mínimo que tenho que fazer é confiar neles.
Adoro homens. Até ser uma combinação de mãe e bruxa, a minha visão do feminino era de que tudo era uma bobeira sem tamanho: namoricos, paqueras, cabelo/roupa/maquiagem, celebridades, fuxicos e novelas era tudo tão artificial e dispensável. O mundo dos homens era tremendamente mais interessante, as áreas matemáticas, os problemas lógicos.
Sou Ártemis, sou Atenas. Mas Deméter fez uma mudança radical em minha vida; Perséfone chegou e me mostrou o REAL feminino: menstruar, conceber, gestar, parir, amamentar, maternar, 'menopausar'. O ciclo feminino é belo, complexo e completo. Eu sou uma fã das Deusas, das mamíferas que somos - um orgulho. Como já vi escrito, 'a gente pode tanto, né?'
Mas não é porque somos poderosas que os homens são incapazes. Embora eles não possam fazer nenhum dos pontos do ciclo acima, todas as demais coisas eles podem fazer sim! Não entendo que dificuldade absurda há em cuidar de um bebê: é cansativo sim, mas um pai ou uma mãe conseguem fazer da mesma maneira.
Eu chego ao ponto de não acreditar em 'instinto maternal'. Não acredito. Acredito em níveis diferentes de relacionamentos e intimidades. Acredito que os hormônios da gravidez e parto ajudem a paixonite pelo bebê. Acredito que muitos homens possuam um medo gigante de fracassar. Acredito que muitas mães e avós atrapalham o relacionamento do pai com os filhos.
A gestante pode envolver o pai nessa onda hormonal, ajudá-lo a se apaixonar. O pai pode dar apoio emocional no tempo que ainda não pode 'fazer' nada além de esperar a natureza feminina agir. Mas não entende essa de 'o pai ajuda'. Não. O pai FAZ.
Hipoteticamente falando, se uma criança não tem mãe nenhuma e um pai, dá quase na mesma. Embora eu também concorde que a transição útero-externa pode ser mais fácil com o ponto de apoio mãe-amamentação, o bebê irá se apegar ao pai.
Sou muito feminista: igualdade aos sexos. Um homem é totalmente capaz de cuidar de uma criança, trocar uma fralda ou levar ao pediatra. Mais do que capaz, é no mínimo obrigação moral.
1 comentários:
Legal o que você disse. Dia desses lí num blog do Hagah uma gestante reclamando de quando fosse voltar da licença maternidade, pois além de trabalhar teria que cuidar da criança (no mesmo blog ela sempre fala do marido). E ainda soltou uma pérola dizendo mais ou menos que teria que trabalhar porque "algumas abençoadas resolveram queimar o soutien na frente das fábricas".
Fiquei muito irada com isso .... No próprio blog ela fala do marido e agora abstrai por completo a presença dele, afirmando que teria que cuidar da criança sozinha!!! Não costumo levar esses tipos de comentários na esportiva, pois é na esportiva que sem querer falamos o que pensamos.
Tudo o que penso é coitada dessa criança.
Postar um comentário