Primeiro que usualmente não há muitas imagens do trabalho de parto em si, e mais do finalzinho do expulsivo. Onde a mulher está do lado de lá dos portões da partolândia, diga-se de passagem ;)
Muitas vezes a parturiente está gritando, está com 'cara de dor'. O aparente 'descontrole', os rugidos, as palavras soltas, os olhares distantes... tudo parece estranho e apavorante olhando de fora.
Mas a realidade é outra. Ali, às vias de parir, somos o arquétipo da mamífera - não temos vergonha de sermos... MULHERES. Somos tão bicho quando ao chegarmos ao mundo, quando morrermos.
Pode ser nossa necessidade de simplesmente expressarmos um pouquinho do vendaval que se passa no nosso corpo, pode ser o impulso e a força pulsante. Já ouvi de outros, é o grito da guerreira.
Não se assustem com os gritos, com os suspiros, com os tapas, as mordidas. Não é dor, eu vou arriscar dizer que a dor deve corresponder a uns 30% de um parto. O resto, minhas queridas, o resto é ocitocina, é paixão. No momento da nossa verdade, a dor é um detalhe, um importante componente - mas não, as caras e bocas, os choros, sorrisos, danças e trejeitos são muito, muito mais do que dor.
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