0

Decisões

Uma coisa que leva anos para entender é que quando não decidimos, alguém irá decidir por nós.

"Abrir mão de tomar uma decisão significa delegar, mesmo que involuntariamente, a responsabilidade sobre essa decisão a alguém. Ou às circunstâncias. A Deus, ao destino, à vida; como queiram chamar.Não optar é também, portanto, fazer uma escolha. É escolher a renúncia. Quando escolho não optar, deixo que alguém decida por mim, ou que as coisas simplesmente aconteçam.
E quando se trata de nossos corpos? De nossa saúde? De nossos filhos?
Quem gostaria realmente de renunciar às decisões que dizem respeito à integridade do próprio corpo e à saúde, não apenas a própria, mas também a de seu bebê? "


Estava pensando nesse texto hoje, e subiu o tópico novamente. Era tempo de comentá-lo.

Os pais sempre escolhem muitas coisas. Escolhem quando engravidar, escolhem o profissional que irá atender o parto. Escolhem quem cuidará do bebê, escolhe a escola, o plano de saúde, o pediatra, a casa, os brinquedos. Cada uma dessas escolhas, tem seu peso, sua responsabilidade e sua consequência.

Aquela roupa que você comprou pode causar uma alergia severa em seu bebê. Naquela tosse chata, você pode ir para o pronto socorro e ganhar uma meningite de brinde. Aquele xarope pode dar uma dor de barriga tensa. A papinha de maça pode oferecer uma grande constipação. A vacina pode causar uma caxumba. O resfriado pode se tornar uma pneumonia. O remédio pode causar insônia.

Em última instâncias TODAS as decisões sobre a pequena criança passam pelos pais. As consequencias de qualquer uma deveriam ter sido pesadas em riscos e benefícios. Se você não decidir, alguém decidirá por você. Não necessariamente levando o seu histórico como base, talvez uma decisão genérica.

Delegar não resolve nossos problemas. Não adianta culpar o médico pelo efeito colateral do remédio, o governo pela reação da vacina, a humanidade pela poluição. A determinação do saudavelmente comum e doente é feita pelos cuidadores, e não por outras pessoas. A decisão de ter segunda, terceira ou quinta opinião antes de operar as amígdalas é dos pais.

A decisão sempre é nossa. E se o resultado não for o esperado, sempre passa pela gente a responsabilidade, mesmo quando tínhamos delegado.

0 comentários:

Back to Top