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A beleza da vida - Ocitocina

Esse é o terceiro e último post da série (aqui e aqui), prometo! Era impossível não comentar as nuances naturais do amor materno.

Cada binômio mãe-filhote mamífero tem suas características próprias. A relativa prematuridade de nossos bebês é uma característica forte - os cuidadores precisam despender uma energia e um esforço danado. O contato pele-a-pele é vital. E o que a natureza pode fazer para contornar?

O parto é direcionado pela ocitocina, o 'hormônio do amor'. Não é de se admirar que muitas mulheres, depois de um belíssimo parto natural, se apaixone perdidamente por seu bebê, a ponto de perder até o sono para admirar sua última 'façanha'. Uma mãe que ativamente coloca o filho no mundo, com seu próprio corpo, força e princípios tem assim uma ajuda natural a se sentir confiante que também nutrirá e cuidará bem de um bebê.

O que o bebê pode fazer para se tornar mais 'amável'? Os hormônios do final do trabalho de parto, do período expulsivo, ainda estão latentes na corrente sanguínea do bebê quando ele nasce. Não é ilusão, na primeira hora depois de nascido os recém-nascidos estão mais alertas do que estarão por pelo menos o próximo mês - eles abrem os olhos, procuram sons, procuram os olhos da mãe.

Não é a toa que bebês que mamam na primeira hora depois de nascidos tem a amamentação melhor sucedida, ainda mais os que nasceram de parto. O leite é estimulado pela própria sucção do bebê e o mais fantástico é que é o mesmo hormônio que contrai o útero no puerpério.

As primeiras semanas da amamentação podem ser bastante complicadas, mas assim que estiver plenamente estabelecida é um momento de ligação íntima com o bebê. Grudar e deixar-se grudar, o leite é apenas um dos subprodutos da amamentação. Mamar é muito mais que alimento, é calor, carinho, colo, consolo, prazer. Tudo-junto-misturado, na medida certa.

É um completo absurdo bebês saudáveis serem separados de suas mães depois do nascimento por 'rotina', simplesmente joga-se fora o mais precioso momento da existência. Cuidar de um filhote humano é muito trabalhoso. Eu acredito que toda e qualquer ajuda da mãe natureza é bem vinda nessa árdua tarefa.

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