Há algum tempo escrevi uma série de posts sobre a teoria da evolução na nossa vida de mãe (primeira parte, segunda parte, terceira parte). E volto agora, inspirada por um artigo que li ontem mesmo.
Em algum lugar já li (desculpa, não lembro quem) que desde que nos levantamos (nos tornamos bípedes, com quadris mais estreitos e 'tortos' para o parto) e comemos o fruto do conhecimento (ficamos cabeçudos), temos problemas de parto.
O parto é o evento mais humano possível. Somos complicados, e perfeitos em cada uma de nossas imperfeições. Nada mais emblemático do que a necessidade de presença da parteira, para 'aparar menino' - mostra o quão humano é o evento, socialmente e culturalmente. Todos os detalhes, cada um dos itens mínimos da anatomia fazem toda a diferença para toda essa obra da natureza que se tornou nosso parto. O parto é um dos belíssimos exemplos de como a evolução vai ajeitando aresta por aresta, tornando de impossível ao dia-a-dia.
Falem o que quiser, mas analisando toda a história da gestação, parto, amamentação, é claro para mim que o peso da evolução humana foi carregado majoritariamente pelas mulheres. Eu me sinto honrada de ser uma descendente delas, as poderosas.
Com o parto mais complicado de todos os primatas, a gente merecia é muito mais respeito. A gente é foda. E tenho dito.
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