Hoje eu vejo como uma crueldade sem tamanho, essa experiência.
http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/1627.html
Harry F. Harlow (1905-1981) foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus, e que demonstraram a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento.
As suas experiências laboratoriais consistiram na criação de duas “mães” artificiais (imitação de uma macacos Rhesus), uma era feita apenas com armação de arame enquanto a outra, era também de armação de arame, porém, forrada com pano felpudo e macio.
Harlow observou que os macacos bebés preferiam claramente as “mães” mais confortáveis. Esta preferência mantinha-se independentemente de qual a mãe que fornecia o alimento. Outras observações mostraram que o que estava em causa não era só a procura de conforto.
O contacto parecia ser essencial ao estabelecimento de uma relação que transmitia segurança. Perante um estímulo gerador de medo, os macaquinhos agarravam-se à “mãe” macia tal como o fariam a uma mãe real. Este comportamento nunca era observado com as “mães” de arame, mesmo em macaquinhos criados só com ela.
Além disso, perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reacções de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objectos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança.
Pelo contrário, na ausência da “mãe” confortável, os macaquinhos ficavam paralisados pelo medo e não exploravam o ambiente. Isto acontecia também na presença da “mãe” de arame, mesmo em macaquinhos criados sempre na sua presença. Ou seja, uma “mãe” desconfortável é incapaz de transmitir segurança.
O resultado desta e de outras experiências, permitiram Harlow concluir que a variável contacto reconfortante suplementava a variável amamentação.
Harlow observou ainda que os macacos Rhesus com mães reais, demonstravam comportamentos social e sexual mais adiantados dos que os criados com mães substitutas de pano, e que estes últimos apresentavam comportamentos sociais e sexuais normais se diariamente tivessem oportunidade de brincar no ambiente estimulador dos outros filhotes.
http://psicologiabjml.blogspot.com/2010/05/consequencias-das-perturbacoes-nas.html
Harry F. Harlow (1905-1981) foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus, que demonstraram a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento.
Investigou também os processos de aprendizagem, concluindo que os animais, tal como os seres humanos, aprendem a aplicar estratégias a situações, para resolver problemas.
Construiu duas mães artificiais, uma de arame, outra de arame revestido com um tecido felpudo. As mães artificiais forneciam alimento às crias através de um biberão posicionado no “peito”.
Harlow observou que os macacos bebés preferiam claramente as “mães” mais confortáveis, na qual passavam a maior parte do tempo agarrados.
Tendo os macaquinhos preferência por se alimentarem da mãe de peluche, quando era retirado o biberão desta, e apenas a mãe de arame fornecia alimento, as crias mantinham-se agarradas à mãe de peluche recorrendo à de arame apenas para se alimentarem.
Face a uma situação de perigo, o macaquinho procurava sempre abrigo junto da mãe de peluche, e, quando esta não estava presente, estando apenas a de arame, o macaquinho não procurava a sua protecção.
Perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reacções de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objectos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança.
Harlow procurou avaliar o efeito nas crias criadas sem qualquer contacto. Isolou-as em jaulas sem poderem ver qualquer ser vivo durante períodos que variavam de três meses a um ano. Em períodos mais longos, os animais encostavam-se ao fundo da jaula, balançavam para a frente e para trás, abraçavam-se a si próprios e mordiam-se.
Quando estes eram expostos perante outros macacos criados com as suas mães, estes fugiam de qualquer contacto. Em adultos, o seu comportamento sexual bem como a capacidade para tratar das crias estava fortemente afectado, não manifestavam qualquer interesse ou capacidade para tratar dos filhos, chegando a provocar-lhes maus-tratos.
A experiência levada a cabo por Harlow concluiu que o que liga a cria à mãe está mais relacionado com o contacto corporal que com a alimentação, não só nas crias dos macacos Rhesus mas também nos bebés humanos.
Estes manifestam a necessidade de estar junto da mãe, ou de outro cuidador, em contacto físico.
O psicólogo conclui também que são devastadores os efeitos da ausência da mãe causando perturbações físicas e psicológicas profundas.
1 comentários:
Obrigado pelo post útil! Eu não teria chegado a este o contrário!
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