Para A.
Bebês são vida em câmera acelerada, e você nunca tem muita certeza de onde vai parar. São crises, fases, gritos, e depois de três dias acordando de meia em meia hora, sem enxergar a luz do fim do túnel, tudo cessa. Assim, easy-come-easy-go.
E então seu bebê dorme 5, 8 horas seguidas. Uma semana, duas. E tudo parece flores. E de repente, não mais que de repente, mamadas a cada hora, gritos cortantes. Vc em vão lista todas as fases bizarras que já lhe contaram sobre os bebês e - pasmém - não há nenhuma ajuda. Claro, já chovem 'parpites' que o leite é fraco, que está com fome e qualquer outras frases que inadvertidamente ceifarão a confiança materna. E - tcharaaaaaaaans - opa, voltamos ao que era antes do antes.
Três dias de choro, uma eternidade. Uma eternidade fugaz, diga-se de passagem. Nas crises, nomeadas ou não, revemos todos os nossos conceitos: dane-se se eu quero que durma no carrinho, na cama de casal, no peito, no colo, no carro ou no parque - eu preciso dormir. As duas da manhã, as coisas nunca parecem muito boas, e parece que todos os problemas se resumem à coitada da amamentação. Não há problema que não pareça mais fácil à luz do dia.
Cuidar de bebês é despir-se de preconceitos, eles nos põem à prova. Eles nos mostram que existem, possuem ações independente do que achamos que eles deveriam fazer. Devemos respeitá-los, compreender a necessidade fisiológica deles de grudar de tempos em tempos. É esperado, saudável e natural. A amamentação é apenas mais um elo de ligação com a mãe, o encontro de segurança. Como um passarinho que cada vez que voa um pouco mais longe, volta ao ninho, se aconchega para ter certeza que ainda está seguro.
Como eu já disse, eu não durmo muito bem com cama compartilhada. Mas é preferível dormir mal do que não dormir. Recomendo a quem quiser e a quem precisar.
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