Gabriel já teve vários ídolos. Desde muito ganhou vários bonecos de ação, batman, homem-aranha, super-homem, power rangers. Teve uma longa fase em que o Pablo (do Backyardigans) foi seu 'amigo' (o Pablo é versão pinguim azul do Biel). Tietagem essa ajudada por mim - dos Backyardigans, há uma coleção de DVDs e livros, além de boneco de pelúcia e outros itens.
A uns meses atrás, ele chegou falando do 'Raio Gato'. Sabe quem? Nem eu. Ele é vermelho e poderoso.
Depois ele chegou com um tal 'Bakugan'. Bakugan daqui, Bakugan de lá. Sabe quem é? Googla. Sim, não é o amigo imaginário, é um personagem de um desenho enlatado qualquer que passa em um canal aberto qualquer. Levei semanas para descobrir.
A gente esquece que o poder da mídia sobre as nossas crianças. Simplesmente não é possível se esquivar apenas impedindo o acesso à propagandas apelativas ou desenhos, ela está lá, como objeto de desejo de uma criança que não sabe o que é. Uma criança é um alvo perfeito, ela ama o produto e ainda faz campanha para outras, numa espécie de viral. Bem cruel, diga-se de passagem.
Maior parte das vezes, Biel passa pela corrente e sai ileso. Algumas vezes não, e eventualmente um desses 'pseudo objetos de desejo' são comprados. Não me iludo que o brinquedo o fará mais confiante, mais realizado: mas um presente, um agrado, faz tão bem pro ego.
Mas o brinquedo já está lá, junto com todos os outros. Acho que ele parece gostar mais de trocar de Bakugan com os amigos do que do Bakugan em si.
abr
14
2010
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4 comentários:
Pois, Cíntia, vai além do poder da mídia sobre o teu filho especificamente. De repente ele poderia ver o tal Bakugan (eu sou mãe de meninas, então esse eu não conheço) e não ligar a mínima. Mas, se ele vê que os coleguinhas da escola têm, brincam, assistem, ele quer se entrosar, ele quer fazer parte daquela roda. E aí ele quer o Bakugan ou o gato-sei-lá-o-quê. Minhas filhas passam por situações parecidas. Eu converso muito com elas, explico que a coisa não é bem assim, e cedo em alguns desejos, mas bato o pé em relação a não satisfazer outros. É dura a vida das mães nesse mundo multimídia, viu?
Errei o link. :-)
Cíntia, me identifiquei muito com seu texto, tanto como mãe como na atitude do filhote perante a publicidade infantil. Eu venho pensando e falando muito sobre o assunto e escrevi bastante sobre o tema. Se quiser dar uma olhada, tem bastante coisa! :)
http://futurodopresente.com.br/blog/index.php/2010/03/publicidade-infantil-proibir-ou-nao/
Silvia
Estou razoavelmente convencida que o 'raio-gato' deve ser algum personagem imaginário ;)
Mas é assim mesmo. Ceder de vez em quando, explicar sempre.
Ana Cláudia
Vou ler a thread toda! Obrigada.
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