Gabriel já teve vários ídolos. Desde muito ganhou vários bonecos de ação, batman, homem-aranha, super-homem, power rangers. Teve uma longa fase em que o Pablo (do Backyardigans) foi seu 'amigo' (o Pablo é versão pinguim azul do Biel). Tietagem essa ajudada por mim - dos Backyardigans, há uma coleção de DVDs e livros, além de boneco de pelúcia e outros itens.
A uns meses atrás, ele chegou falando do 'Raio Gato'. Sabe quem? Nem eu. Ele é vermelho e poderoso.
Depois ele chegou com um tal 'Bakugan'. Bakugan daqui, Bakugan de lá. Sabe quem é? Googla. Sim, não é o amigo imaginário, é um personagem de um desenho enlatado qualquer que passa em um canal aberto qualquer. Levei semanas para descobrir.
A gente esquece que o poder da mídia sobre as nossas crianças. Simplesmente não é possível se esquivar apenas impedindo o acesso à propagandas apelativas ou desenhos, ela está lá, como objeto de desejo de uma criança que não sabe o que é. Uma criança é um alvo perfeito, ela ama o produto e ainda faz campanha para outras, numa espécie de viral. Bem cruel, diga-se de passagem.
Maior parte das vezes, Biel passa pela corrente e sai ileso. Algumas vezes não, e eventualmente um desses 'pseudo objetos de desejo' são comprados. Não me iludo que o brinquedo o fará mais confiante, mais realizado: mas um presente, um agrado, faz tão bem pro ego.
Mas o brinquedo já está lá, junto com todos os outros. Acho que ele parece gostar mais de trocar de Bakugan com os amigos do que do Bakugan em si.
4 comentários:
Pois, Cíntia, vai além do poder da mídia sobre o teu filho especificamente. De repente ele poderia ver o tal Bakugan (eu sou mãe de meninas, então esse eu não conheço) e não ligar a mínima. Mas, se ele vê que os coleguinhas da escola têm, brincam, assistem, ele quer se entrosar, ele quer fazer parte daquela roda. E aí ele quer o Bakugan ou o gato-sei-lá-o-quê. Minhas filhas passam por situações parecidas. Eu converso muito com elas, explico que a coisa não é bem assim, e cedo em alguns desejos, mas bato o pé em relação a não satisfazer outros. É dura a vida das mães nesse mundo multimídia, viu?
Errei o link. :-)
Cíntia, me identifiquei muito com seu texto, tanto como mãe como na atitude do filhote perante a publicidade infantil. Eu venho pensando e falando muito sobre o assunto e escrevi bastante sobre o tema. Se quiser dar uma olhada, tem bastante coisa! :)
http://futurodopresente.com.br/blog/index.php/2010/03/publicidade-infantil-proibir-ou-nao/
Silvia
Estou razoavelmente convencida que o 'raio-gato' deve ser algum personagem imaginário ;)
Mas é assim mesmo. Ceder de vez em quando, explicar sempre.
Ana Cláudia
Vou ler a thread toda! Obrigada.
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